Leo Péricles: “Mesmo com lei eleitoral injusta, militância da UP foi para as ruas”

Sem fundo partidário e tempo de TV, candidaturas da UP foram às ruas defender o socialismo e denunciar o fascismo nas eleições municipais. O Jornal A Verdade conversou com Leo Péricles, presidente nacional da UP sobre o primeiro dia de campanha eleitoral.

Redação


BRASIL – “Nosso foco será desenvolver as lutas já existentes e dar força para as novas.”, afirmou Leo Péricles resumindo o objetivo da Unidade Popular nas eleições de 2024. Com candidaturas em 30 cidades em todas as regiões do país, o partido iniciou sua campanha eleitoral.

Os milhares de filiados da UP em todo país se unem agora em colocar na rua a campanha do partido com o objetivo de cumprir as metas políticas definidas pelos diretórios nacional e locais nestas eleições municipais. Ao Jornal A Verdade, presidente nacional do partido apresentou um balanço inicial do primeiro dia de campanha.

“Foi um início como esperávamos, temos debatido em todos os diretórios e coletivos do partido em todo país para mobilizarmos todas as nossas forças para este processo, que é bem injusto para a UP, que é impedida por uma legislação autoritária e antidemocrática de ter acesso ao chamado horário eleitoral gratuito na TV e rádio, e contar apenas com uma migalha do fundo eleitoral. Desse modo encaramos esse processo como uma luta eleitoral. E assim, hoje, em todo país, nossa militância correspondendo ao nosso chamado e ocupando as ruas com grande animação e energia.”, afirmou Leo Péricles.

Sobre as metas da UP, o presidente nacional da Unidade Popular reafirmou que o partido tem como centro a divulgação do programa do Socialismo para o povo brasileiro.

Segundo ele, o “nosso foco é desenvolver as lutas já existentes e dar força para as novas. Segundo, apresentar nossas propostas mas sem esquecer que de fazer grande propaganda do Socialismo como única forma de acabar com a escravidão assalariada e com as opressões e, em terceiro lugar, fazer uma grande campanha de filiação e consolidação de nosso partido!”

Regras injustas tornam disputa eleitoral desigual no Brasil

Enquanto o Partido Liberal, de Bolsonaro, com deputados indiciados por mobilizar um golpe de estado em 8 de janeiro de 2023, recebeu quase 900 milhões de reais de Fundo Eleitoral, a Unidade Popular vai receber apenas 0,1% do Fundo.

Para piorar, o partido socialista não recebe o Fundo Partidário e é boicotado pela grande mídia dos debates e das principais sabatinas na imprensa.

Em São Paulo, por exemplo, enquanto milionários acusados de crimes, como Pablo Marçal (PRTB), são convidados aos debates, Ricardo Senese, candidato da UP, não teve o mesmo direito. No Rio, a candidata da UP, Juliete Pantoja, teve apenas metade do tempo destinado aos demais candidatos na sabatina organizada pelo portal G1, ligado ao grupo Globo.

Este cenário se repete em todo país. Terminado os primeiros 15 dias de campanha, o horário eleitoral de rádio e TV ocorrerá sem que os candidatos da UP possa aparecer. Seja em Porto Alegre, com Luciano do MLB, único candidato a prefeito atingido pelas enchentes, ou em Recife, com a enfermeira Ludmilla Outtes, a UP não tem direito a propaganda no rádio e TV.

Sobre isso, Leonardo Péricles reafirmou que mesmo com o jogo desigual o partido acredita na agitação e propaganda socialistas para levar as propostas da UP ao povo.

“Vamos enfrentar o jogo injusto das eleições no Brasil com um grande trabalho de divulgação de nossas ideias e de nosso partido que chamamos de agitação e propaganda. Ter metas claras e objetivas como as que traçamos na pergunta anterior, forjar e consolidar novas lideranças através das lutas populares e assim impor derrotas ao inimigo de classe que nos permitam acumular forças no processo para inverter o jogo e em médio prazo poder derrota-los através de uma revolução e da edificação do socialismo em nossa pátria.”, finalizou Leo.

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