Museu de Arte de Belém tem exposição “O Sagrado Dissidente”

É com bastante orgulho e com a união de vozes sociais potentes que a Exposição “O Sagrado Dissidente” desembarcou no Museu de Arte de Belém (MAB) na última quarta-feira (21).O projeto visual surgiu a partir do resultado da pesquisa de mestrado do performer Raphael Andrade, denominada “Flores para Pietá”, em que o “corpo transgressor” de Raphael apresenta a dualidade “sagrado versus profano”, por intermédio da ação performática urbana realizada no Brasil e na Europa Ocidental.CONTEÚDO RELACIONADO:Descubra os horrores ocultos na AmazôniaSalomão Larêdo lança novo trabalho na Feira do LivroA exposição é formada por obras de 20 artistas – paraenses e de demais regiões do Brasil – que refletem sobre o eixo central do debate: dualidade sagrado versus profano, mas, agora, permitindo a incorporação de outros corpos e, consequentemente, religiosidades marginalizadas historicamente.

A exposição conta com 67 obras de fotoperformance/fotomontagens, gravuras, instalação, mosaico e esculturas que buscam traduzir, como mensagem principal, o respeito à pluralidade religiosa e, consequentemente, potencializar a voz dos excluídos e marginalizados socialmente.Quer mais notícias de cultura? Acesse nosso canal no WhatsApp!De acordo com Raphael Andrade, performista e um dos curadores, “a exposição procura, entre outras coisas, respeitar a pluralidade religiosa e dar voz aos excluídos e marginalizados socialmente. As obras se conectam pela crença, pela fé, pelos rituais representados nas imagens, mas também com a poderosa dissidência em ressignificar os corpos profanados historicamente na representação de diversas matrizes religiosas”, reforça.

“Acreditamos que a aliança decolonial dissidente é uma carga viva heterogênea e pode ser reelaborada por outras vivências que queiram explodir a condição de estarem à margem e terem voz. E, por isso, faz-se necessário o diálogo transgressor entre o cristianismo dissidente, a cultura afro-brasileira e a cultura indígena, a fim de combatermos e ressignificarmos a colonização, a intolerância religiosa, o racismo e a LGBTQIAPN+fobia por meio da decolonialidade”, conclui.SERVIÇO:Período de visitação: 21 de agosto a 8 de setembro de 2024.Local: Museu de Arte de Belém- MABE – Sala Theodoro Braga.Horários: terça-feira a sexta-feira de 8h30 às 16h30 / sábados e domingos de 9h às 14h.

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