Você também desperdiça dinheiro com assessorias de imprensa sem uma estratégia eficiente?

O aumento dos investimentos em comunicação empresarial em 2024 pode ser analisado pelo viés do copo meio cheio ou do copo meio vazio.

De um lado, é positivo observar o crescimento de um mercado essencial para o sucesso das empresas e que deve movimentar R$ 35,5 bilhões até o fim do ano, segundo números da Aberje em parceria com a FGV Comunicação Rio.

Mas, sem querer ser pessimista, até onde podemos realmente comemorar esse movimento de alta?

Fato é que, historicamente, os orçamentos destinados à comunicação corporativa nas empresas – incluindo para ações de assessoria de imprensa – é baixo no Brasil e mesmo esse bem-vindo crescimento do mercado não mascara uma realidade que faz parte do ambiente de negócios do país: comunicação, para a maioria das organizações é uma prioridade secundária, quase nula em muitos casos.

Indo mais fundo nos dados da Aberje, vemos que empresas com faturamento de até R$ 300 milhões investem, em média, no máximo R$ 320,1 mil em estratégias de comunicação.

No limite, isso dá pouco mais de 0,10% de orçamento para uma área e para o trabalho com agências que podem ser decisivas na hora de dar mais respaldo para a mensagem de uma empresa, aproximando-a, por exemplo, de grandes veículos e de canais especializados importantes para o seu público-alvo. Nesse sentido, vale lembrar, que é um trabalho que deve ser encarado como contínuo para que a agência possa construir a relevância da marca, juntos aos jornalistas.

Como obter resultados significativos quando a comunicação não é uma prioridade?

Mas, como todo mercado, o segmento de comunicação também tem suas contradições… É muito comum, nesse sentido, vermos organizações bem intencionadas, gastando rios de dinheiro com agências de comunicação, marketing e assessorias de imprensa ineficientes, sem estratégia alguma, tão pouco ações assertivas e que não entregam resultados efetivos.

Apenas para citar um exemplo relacionado, segundo uma pesquisa da Web Estratégica, mais de 50% das empresas têm dificuldade em definir estratégias eficientes de marketing digital.

E minha pergunta é: de que lado você está nesse jogo dos sete erros?

Minha dica, é a busca de uma terceira via: a comunicação corporativa deve, sim, ser uma prioridade, com investimentos consistentes que deem respaldo para a condução de projetos de longo prazo.

E, justamente quando as empresas entendem que a comunicação é uma prioridade, elas param de queimar recursos em parcerias incapazes de atender aos objetivos trilhados em um plano inteligente de posicionamento junto ao mercado, consumidores e veículos.

Pensando no contexto das assessorias de imprensa, pesquise, antes de tudo, a disposição da agência em imergir no universo do cliente, se preparando para reuniões, estudando seus pontos fortes e fracos, definindo uma proposta arrojada que dialogue com os novos tempos da comunicação digital.

Outro ponto importante é investigar cases, resultados para outros clientes, fatos que dão pistas para que a empresa entenda se a assessoria tem um bom relacionamento com canais e jornalistas que interessam e dialogam com o perfil daquela startup, corporação ou PME.

Por fim, dentro de um trabalho que se desenvolve com o tempo e que demanda visão estratégica, mensure os pequenos resultados do dia a dia, ao mesmo tempo em que avalia se o plano macro de comunicação e metas de inserção está sendo bem executado.

Sim, o imediatismo é inimigo de um planejamento eficiente de longo prazo, mas as sementes de um bom trabalho podem ser percebidas desde o início, no preparo da agência, na capacidade de suas equipes e no gradativo espaço que a marca vai conquistando junto a veículos relevantes para seus objetivos.

Em outras palavras: é possível e urgente priorizar a comunicação, valorizando um trabalho bem realizado e, ao mesmo tempo, não desperdiçar dinheiro com ineficiência.

As empresas que estiverem prontas para dar esse passo, sem dúvidas, sairão na frente na contínua corrida do mercado. 

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