Arrecadação do ISS por empresas de TI cresce 69% em três anos em Florianópolis

Volume destinado pelo setor aos cofres públicos da Capital saltou de R$ 53,3 milhões em 2019 para R$ 90 milhões em 2022, de acordo com dados da Prefeitura compilados pela ACATE. / Foto: Gabriel Rodrigues (Unsplash)


[FLORIANÓPOLIS, 06.06.2024]
Redação SC Inova,
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A arrecadação do ISS (Imposto Sobre Serviços) por startups e empresas de tecnologia em Florianópolis (SC) cresceu 69% em 2022, em comparação a 2019: a arrecadação passou de R$ 53.371.502,60 no ano pré-pandemia para R$ 90.003.557,85 em 2022.

Os dados foram coletados pela Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE), por meio dos registros disponibilizados pela Prefeitura Municipal, e apresentados em evento fechado a associados no final de maio, na Capital. O objetivo era aproximar representantes do setor público e do mercado, com diretores da entidade dividindo um painel de debates com o secretário executivo de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia da Capital,  Juliano Richter Pires, e o secretário de Planejamento do estado, Edgard Usuy.

Um dos fatores que mais tem atormentado empresas de tecnologia desde o ano passado é o impacto da reforma tributária, que pode elevar consideravelmente a carga de impostos ao setor – com riscos de levar a migração de negócios para fora do país. 

“Durante muitos anos o Brasil falou sobre uma reforma tributária e nunca saiu, até que aconteceu. O poder executivo do estado de Santa Catarina entende que, pelo modelo de negócio, de ter que testar, a reforma é um movimento arriscado. Mas é um mal necessário. Então, o que queremos oferecer para o setor de tecnologia? Previsibilidade, como a estratégia de não aumentar a carga tributária no estado. É a linha lógica que o governo quer manter”, afirmou Usuy, sobre as estratégias do poder público estadual. 

Encontro voltado a associados colocou governos municipal e estadual no debate sobre ações conjuntas e impacto da reforma tributária. / Foto: Divulgação/ACATE

Desde o início dos anos 2000, Florianópolis adota a menor alíquota de ISS prevista em lei (2%), uma política para atrair e manter empresas de tecnologia – e que posteriormente foi adotada pelos principais municípios da região metropolitana. 

O setor de tecnologia tem uma meta ousada de ampliar sua participação no PIB catarinense, dos atuais 6,5% para cerca de 10% até o final da década. “Temos muitos desafios pela frente. Precisamos fazer com que nossas empresas exportem cada vez mais para o exterior. Vamos focar também em formar mais talentos e novos empreendedores”, resumiu Diego Ramos, presidente da Acate para o biênio 2024-2026 e que assumiu no início de junho.

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