Oficina de Manejo de Plantas reuniu um público que deu exemplo de educação ambiental.

Ação aconteceu nesta quinta-feira na orla junto ao IFSC e faz parte do Projeto Coqueiros-Luz.

Foto Paulo Capocci

Comunidade escolar da UFSC, do IFSC Continente, técnicos da Floram, Corpo de Bombeiros, servidores da Comcap e moradores de Coqueiros estiveram nesta manhã de quinta-feira mobilizados em torno de um programa de educação ambiental. Foi a Oficina de Manejo de Plantas que se traduz na primeira etapa de implantação do Parque Coqueiros-Luz, projeto que vai criar, à beira-mar, um passeio público entre os parques de Coqueiros e da Luz.

Para tanto, o trecho inicial – que fica na orla junto ao IFSC Continente, em continuidade à área do Parque de Coqueiros – recebeu um manejo da vegetação considerada exótica e invasora. De acordo com a programação, foram suprimidas 30 espécies – já catalogadas pelo Departamento de Botânica da UFSC e da Floram, que concedeu a licença. No local, foram introduzidas espécies nativas e mantidas as já existentes na orla.

“Como exemplos das exóticas – espécies que acabam prejudicando o desenvolvimento das nativas- citamos as Castanheiras da Praia de Madagascar, assim como a Lucena, de origem mexicana, e o próprio Cinamomo, originário da Ásia e da Austrália. Em comum, elas têm o crescimento rápido e, portanto, preferidas na hora do plantio para fazer sombra. No lugar da Castanheira, vamos plantar Aroeiras, que produzem a mesma sombra”, explica o biólogo Kiko Bungus, vice-presidente da Pró-Coqueiros.

Biólogo Kiko Bungus coleta resíduos entre as pedras: Fotos Paulo Capocci

LIMPEZA DA ORLA
Em conjunto às ações de corte e de plantio, também aconteceu um mutirão de limpeza na praia. Coordenada pelo artista plástico e especialista em educação ambiental e gestão de resíduos, Juan Mandala, a atividade recebeu os participantes de maneira diferente: Juan fixou na beira-mar duas esculturas estilizadas, uma de Caranguejo e outra de uma Sereia.

Juan Mandala instala esculturas na orla e chama atenção para descarte correto do lixo.Foto Elaine Otto

“Caranguejos são como lixeiros do mar, pois fazem o serviço de reciclagem. Já na Sereia é o símbolo de proteção ao mar”, aponta Juan, que atua no Coletivo Espaço Tempo- Grupo de Artistas Educadores.

Fotos Paulo Capocci

Em apenas meia hora de trabalho, foram recolhidos Garrafa pet: 10,530kg; Isopor: 4,285kg; Plásticos mole: 6,540kg; Tampinhas pet: 0,965kg; Vidro: 2,45kg; Micro plástico: 0,685kg; Papel: 1,75kg ;Alumínio: 1,370kg e rejeito: 52,535kg, com maior volume.

O material recolhido, já separado no local em recipiente apropriado, terá como destino uma cooperativa do bairro Itacorubi: a ACMR, Associação de Catadores de Materiais Recicláveis.

Público colabora com a coleta. Resíduos são separados e beneficiam cooperativa. Foto Elaine Otto

VOLUNTÁRIOS

Atraídos pela questão ambiental, moradores da região colocaram a mão na massa e ajudaram na coleta de resíduos. Foi o que aconteceu com as amigas Iria e Rozana.

“Acredito ser muito importante eventos como esse. Defendo que deveriam acontecer mais vezes. Encontramos, por exemplo, bastante lixo entre as pedras”, coloca a professora aposentada Íria Maria Brugnago. Especialista em meio ambiente pela Udesc, ela diz que resolveu participar da oficina depois de ler matéria na Folha de Coqueiros.

Rozana Farah também participou após ler a reportagem na Folha de Coqueiros. “Ajudamos na construção do Parque de Coqueiros e nada mais justo do que conservar esse espaço de lazer para o futuro. Só posso elogiar o papel da Associação de Moradores que apoia projetos dessa natureza e da Folha de Coqueiros que faz a divulgação”, afirma.

Editora da Folha Sibyla Loureiro com as moradoras Íris, Rozana e Elaine Otto. Fotos Paulo Capocci

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