Entenda modus de quadrilha goiana suspeita de desviar Pix para RS 

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, através da Força-Tarefa Cyber do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), deflagrou nesta quarta-feira (19) a segunda fase da Operação Dilúvio Moral. Em Goiás e São Paulo, ordens judiciais foram cumpridas para combater fraudes, golpes e crimes contra serviços públicos durante calamidades.

Dois suspeitos foram presos em Luziânia e Goiânia, e um menor, alvo da primeira fase da operação, é apontado como criador de um site falso para desviar doações. Segundo a investigação, um dos envolvidos movimentou mais de R$ 36 milhões em transações atípicas recentes. 

Conforme a Polícia Civil, a fraude que originou as investigações consistiu na criação de páginas na internet, simulando páginas oficiais do Governo do Estado em mais de um domínio, alarmando a população de que se estaria diante do maior desastre da história do Rio Grande do Sul.

A partir de então, as páginas redirecionavam os usuários para uma nova página falsa, desta vez simulando o website “Vakinha”, em que se divulgava uma suposta campanha de arrecadação de doações. A página, inclusive, era impulsionada pelas redes sociais, a fim de atingir o maior número possível de pessoas.

Na página simulada, era divulgado um QR code, gerado por uma Fintech de checkout (espécie de loja virtual), que permitiria o pagamento via Pix.

A partir de então, o valor da suposta contribuição era redirecionado da loja virtual para um gateway de pagamentos, que repassava o valor para o local indicado pelos golpistas (em regra, para empresas dos quais os suspeitos são sócios).

Assim, o valor era captado com aparência de licitude, vez que simulava a “venda” de um produto ou serviço oriundo das empresas.

Uma vez identificada a fraude, as páginas foram retiradas do ar, além do bloqueio de todas as contas bancárias vinculadas ao CPF e aos CNPJs dos investigados. A partir de então, buscou-se, por meio de ferramentas tecnológicas de investigação, a identificação e responsabilização dos suspeitos.

Prisões em Goiás

Um homem de 20 anos, foi preso em Goiânia, apontado como um dos principais responsáveis pelos golpes. Segundo a investigação, ele movimentou mais de R$ 36 milhões em transações atípicas recentes.

Em Luziânia, uma mulher, também foi presa, apontada como sócia de uma empresa de pagamentos e mãe de um menor de idade envolvido na criação de um site falso para desviar doações. O adolescente de 16 anos foi alvo na primeira fase da operação.

A quadrilha é suspeita de utilizar um site falso para captar doações direcionadas às vítimas das enchentes. Posteriormente, o dinheiro das doações era desviado para contas bancárias dos envolvidos.

Veja imagens da operação

Divulgação/PCGO

Atuação da Força-Tarefa

O objetivo da operação, segundo o grupo de delegados e agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), é combater práticas criminosas virtuais que se utilizam da atual situação do Estado para obter vantagens.

Mais de 60 casos já foram analisados pelo grupo, e mais de 30 inquéritos policiais foram instaurados e investigações continuam para responsabilizar os indivíduos identificados.

Até o momento, sete pessoas foram presas preventivamente e mais de 50 medidas cautelares foram deferidas pelo Poder Judiciário após pareceres favoráveis do Ministério Público. Esses órgãos têm atendido rapidamente às demandas da Polícia Civil devido ao estado de calamidade.

Ao tomar essas medidas, a Polícia Civil, por meio do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), afirmou que está comprometida a conduzir investigações criminais competentes, especialmente as que buscam aproveitar a maior tragédia da história do povo gaúcho de qualquer maneira, visando garantir a máxima responsabilização criminal de todos os envolvidos.

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