Consumo de energia bate novo recorde no estado

O mês de outubro registrou um aumento significativo no consumo de energia elétrica em Goiás, com destaque para a alta de 16% no setor residencial em comparação com setembro. A  concessionária responsável pela distribuição de energia no estado, destacou que o calor intenso, aliado às chuvas, foi um dos principais fatores para esse crescimento, especialmente devido à alta demanda por aparelhos de climatização, como ar-condicionados.

Embora outubro tenha sido um mês chuvoso, as temperaturas em Goiás alcançaram máximas de até 40ºC, um fator decisivo para o aumento no uso de energia elétrica. Marcos Aurélio Silva, executivo de faturamento da Equatorial Goiás, explicou que a combinação de calor e umidade afeta diretamente o consumo de energia, uma vez que os aparelhos de ar-condicionado não só precisam resfriar o ambiente, mas também remover a umidade. “Com temperaturas externas muito altas, o aparelho trabalha mais intensamente, resultando em um gasto maior de energia”, disse Silva.

O cálculo da conta de energia envolve diversos componentes, desde o custo da geração até a distribuição. A Equatorial Goiás, por exemplo, é responsável pela distribuição da energia, enquanto outros custos, como os de geração e transmissão, também impactam o valor final. A tarifa de energia é calculada com base no consumo registrado pelo medidor de energia, sendo que, para os consumidores residenciais em outubro de 2024, o valor da tarifa foi de R$ 0,74593 por kWh.

Além disso, a fatura inclui tributos como PIS/COFINS, ICMS, e a CIP (Contribuição de Iluminação Pública), que podem variar conforme o município. As bandeiras tarifárias, como a bandeira vermelha em outubro, também influenciam no valor a ser pago. Em outubro, essa bandeira resultou em um acréscimo de R$ 7,87 para cada 100 kWh consumidos.

Dicas para Economizar Energia

Com o aumento do consumo, a preocupação com a economia de energia se torna ainda mais importante. O executivo da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, sugere algumas medidas simples que podem resultar em redução significativa nas faturas. “Em períodos de calor intenso, o chuveiro elétrico é um dos principais vilões do consumo. A dica é reduzir o tempo de banho e ajustar o seletor de temperatura para a posição ‘verão’, o que reduz a potência do chuveiro”, afirmou Silva.

Uma prática simples, como diminuir o tempo de banho, pode gerar uma economia considerável. Por exemplo, tomar dois banhos de 15 minutos em potência máxima pode custar cerca de R$ 66,90 por pessoa ao mês. Porém, ajustando para 7 minutos e utilizando a temperatura do modo verão, esse custo pode cair para apenas R$ 15,60. Em uma casa com quatro pessoas, a economia mensal pode superar os R$ 200.

As bandeiras tarifárias, sistema adotado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) , também têm um papel importante na variação do valor da conta de energia. Em outubro, a bandeira foi vermelha, o que indicou custos mais altos para os consumidores, em função da baixa quantidade de chuvas e o maior uso de termelétricas. No entanto, para novembro, a ANEEL anunciou a mudança para a bandeira amarela, com uma redução no valor adicional cobrado por cada 100 kWh consumidos, que passará de R$ 7,87 para R$ 1,88.

Tarifa Social

Uma alternativa importante para as famílias de baixa renda é a Tarifa Social de Energia Elétrica (TSEE), que concede descontos de até 65% na fatura de energia. A medida beneficia famílias inscritas no Cadastro Único do Governo Federal e com renda mensal de até três salários mínimos, além de outros grupos, como indígenas, quilombolas e pessoas com doenças que exigem o uso contínuo de aparelhos elétricos. Atualmente, mais de 510 mil moradores de Goiás estão cadastrados no programa.

A combinação de medidas conscientes de uso de energia e o apoio de programas sociais, como a Tarifa Social, pode ajudar a mitigar os impactos do aumento no consumo e garantir uma gestão mais eficiente da energia elétrica no estado.

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