Com 2026 como próxima parada eleitoral, Daniel precisa pensar no vice

Por Francisco Costa

Com o fim das eleições municipais, 2026 está “ali”. É tempo de pensar no próximo pleito e, localmente, a sucessão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) é a mais cobiçada. Sucessor natural, o vice-governador Daniel Vilela (MDB) já deve pensar em um vice para chamar de seu. E já há nomes que circulam nos bastidores. 

Entre eles, está o prefeito de Rio Verde, Paulo do Vale (União Brasil).  Eleito e reeleito, o atual gestor finaliza o mandato neste ano, mas conseguiu fazer o sucessor. Em 6 de outubro, ele elegeu Wellington Carrijo (MDB), com uma vitória maiúscula. O nome do grupo chegou a 62,67% dos votos válidos, contra 22,46% do segundo colocado, Lissauer Vieira (PL), ex-presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).

Rio Verde, é preciso dizer, é a quarta maior economia de Goiás, com R$ 16,3 bilhões de PIB. Quando o recorte é o agronegócio, a cidade está em quinto do País entre as mais pujantes, sendo o 2º na produção de milho e soja. 

Mas é preciso lembrar que Paulo é filiado ao União Brasil do governador Ronaldo Caiado. Daniel precisará acomodar vários partidos em sua aliança, se quiser manter a coligação forte construída pelo atual gestor estadual. Além disso, é possível que uma vaga – das duas possíveis – ao Senado já esteja comprometida para a primeira-dama Gracinha Caiado. 

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A solução, nesse caso, poderia ser uma mudança de partido de Paulo. É o mesmo caso de outro nome citado como possível vice, Pábio Mossoró (MDB), prefeito de Valparaíso de Goiás, cidade do entorno do Distrito Federal, em segundo mandato, que também fez sucessor. No município, ele fez Marcus Vinícius (MDB) como sucessor, com 61,28% contra 21,04% de Zé Antônio. 

Uma chapa pura de emedebistas também seria pouco provável. Assim, Mossoró poderia migrar, caso fosse o escolhido. 

Outro nome da Região Metropolitana do Entorno do Distrito Federal é o deputado federal Célio Silveira, também do MDB. Com mais dois anos de mandato a partir de 2026, ele poderia se licenciar para disputar e retornar à Câmara, caso não tivesse sucesso. No caso dele, contudo, não há janela partidária para migrar de partido.

Composição

Como mencionado, Daniel precisará montar sua chapa para contemplar o maior número de partidos possíveis. Ele terá a vice, duas vagas de senador e quatro suplências. Uma vaga ao Senado, possivelmente, ficará para o União Brasil, com a primeira-dama. 

Hoje, a base, além de MDB e União Brasil, também inclui siglas expressivas como PP, Podemos, Solidariedade, PSD e PDT. Há, ainda, outras legendas que orbitam e Vilela precisará acomodar os aliados da melhor maneira possível, pois Caiado não será mais a expectativa de poder. 

Em 2022, o PP e o PSD disputaram vaga ao Senado junto com o União Brasil de Caiado, que não teve consenso. Com duas vagas, existe a possibilidade de abarcar mais nomes, mas nada impede outro desencontro. Caberá ao candidato costurar dois nomes. Da mesma forma, ele deverá contemplar a vice com alguma legenda da base. (Especial para O Hoje)

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