Seleção: logística faz CBF reduzir treinos na Granja Comary

Poucas imagens são tão emblemáticas para o futebol brasileiro quanto a Granja Comary, em Teresópolis. O local, que já foi palco de treinos históricos da seleção, tem perdido espaço como centro de preparação devido a uma mudança estratégica da CBF. A decisão, no entanto, não é simples: envolve questões logísticas, preferências da comissão técnica e até reformas na estrutura do espaço.A última vez que a seleção treinou na Granja foi em novembro de 2023, quando enfrentou Colômbia e Argentina. Desde então, o técnico Dorival Júnior e sua equipe têm priorizado locais que minimizem deslocamentos e maximizem o tempo de treino. “A Granja Comary, então, larga atrás”, pontua uma fonte ligada à confederação. O centro foi escolhido na época porque o duelo contra a Argentina aconteceu no Maracanã, facilitando a logística.CONTEÚDO RELACIONADORonaldo mira a presidência da CBF com Guardiola na SeleçãoReunião com pai de Neymar alimenta sonho de volta ao SantosCorinthians quer manter elenco e buscar reforços pontuaisMais recentemente, a estratégia foi adotada para os jogos contra Venezuela e Uruguai. Antes do confronto em Maturín, o Brasil utilizou o Mangueirão, em Belém, aproveitando a proximidade com o local do jogo. A seleção treinou no dia 13 de outubro, partindo para a Venezuela no dia seguinte. Após a partida, a equipe seguiu para Salvador, onde enfrentará o Uruguai na próxima terça-feira (19), na Fonte Nova.Quer mais notícias da Seleção Brasileira? Acesse o canal do DOL no WhatsApp.Ainda que a Granja Comary continue sendo um símbolo importante para a seleção, não há previsão de retorno imediato ao centro de treinamento. A tendência para a próxima Data FIFA, em março, é que o Brasil enfrente a Colômbia em Porto Alegre, o que levaria a preparação para um dos estádios da capital gaúcha.ESTRUTURA E TRADIÇÃOApesar do uso reduzido, a CBF continua investindo na Granja Comary. O presidente da confederação, Ednaldo Rodrigues, destaca a preferência dos jogadores pelo local. “Os atletas gostam e se sentem mais à vontade lá”, ressalta. A privacidade é um dos maiores atrativos, permitindo uma concentração plena. “Lá, só ficam os atletas, sem subir elevador, se deslocar do hotel. Vira, de fato, uma concentração”, completou.Entre as reformas planejadas, está a instalação de uma cortina no setor de imprensa, destinada a garantir a privacidade durante treinos fechados, enquanto os jornalistas trabalham sem interferências. Esse e outros investimentos reforçam a importância simbólica da Granja Comary para a seleção, mesmo em tempos de uso menos frequente.A estratégia de alternar locais de treino segue um objetivo claro: eficiência logística. Contudo, a Granja permanece como uma memória afetiva e um espaço que, eventualmente, pode voltar a ser protagonista nos preparativos da seleção brasileira.
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