Sai Vilmar, entra Leandro na corrida por Aparecida

O clima na prefeitura de Aparecida era de consternação no final da tarde desta sexta-feira (21) depois que explodiu a notícia de que o atual prefeito, Vilmar Mariano, o Vilmarzinho (União Brasil), enterrou, de vez, o sonho de reeleger-se no pleito de outubro.

Depois de uma conversa tensa com o presidente do seu partido, o governador Ronaldo Caiado, o anúncio foi feito pelo próprio Vilmar. Vai substituí-lo, como já estava quase definido, Leandro Vilela, que é ex-deputado federal e primo de Daniel Vilela (presidente do MDB e vice-governador). 

Logo em seguida à reunião, o prefeito ligou para o seu líder na Câmara, o vereador Isaac Afonso Martins (União Brasil) e pediu para convocar reunião com os vereadores da base. Governador Ronaldo Caiado e o vice-governador Daniel Vilela informaram a decisão ao prefeito

Embora o clima da reunião tenha sido ruim, o prefeito não pareceu “extremamente chateado”, mas acatou a decisão do governador. Reunião com os vereadores ocorreu às 20h30. 

Enquanto isso, o ex-prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, começa a se empenhar em colocar o bloco na rua para eleger Leandro Vilela com, inclusive, Vilmar como coordenador de campanha. 

Conforme fontes ouvidas pelo jornal O Hoje, a reunião entre Caiado e Vilmarzinho ocorreu em, no máximo, uma hora. Partiu de Caiado, contudo, apresentar pesquisas. Os números assustaram o núcleo duro do governo e, claro, do maguitismo na cidade. 

A prioridade do grupo é não perder a prefeitura para o deputado federal Professor Alcides que, apoiado por Jair Bolsonaro, figura entre uma das importantes apostas do eleitorado na corrida eleitoral. 

O Jornal O Hoje publicou há três dias informações de que circulava, nos bastidores da política goiana, o comentário de que Vilmar seria preterido e que o nome de Leandro Vilela seria o escolhido do governo para a disputa de outubro.  

Segundo interlocutores da base governista havia adiantado, o motivo seria o mesmo que ocorreu como base à troca nesta sexta-feira. As fontes diziam que Vilmar não ficaria desamparado. A base, nesse caso, firmaria o compromisso de trabalhar acerca de seu nome para o cargo de deputado federal daqui a dois anos. 

Se a costura for mesmo essa, Vilmar abriria mão da disputa em Aparecida enquanto Leandro Vilela vestiria a camisa de “candidato da base” na cidade. Uma outra fonte consultada pela reportagem descreveu que já se fala, inclusive, nas estratégias que serão adotadas em favor do nome de Leandro. 

De acordo com o informante ouvido pelos repórteres Francisco Costa e Felipe Cardoso, os entusiastas do nome de Vilela [leia-se os emedebistas] tendem a apelar para o nome de Maguito caso Leandro entre em campo. “Vão gravar vídeos com o Daniel, falando da história do partido, do seu pai, do legado, e mostrando, claro, que Leandro tem esse DNA, que pode dar continuidade nesse projeto”, disse. 

Informações extraoficiais sugerem que em todas as pesquisas realizadas pelo governo, Leandro performa, sem fazer campanha, igual ou melhor quando comparado a Vilmar. A leitura é que ele teria mais espaço para crescimento e, consequentemente, maior chance de derrotar o deputado federal Professor Alcides (PL), que lidera com folga. 

Conforme mostrado pelo O Hoje, Leandro Vilela não deve entrar em “bola dividida”. Fontes ligadas a Leandro dizem que o ex-deputado não entraria na disputa, caso a base decidisse por lançar dois nomes no páreo, a fim de minar o concorrente. Ele já deve ter se decidido.

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