Dois militantes do MST são mortos em ataque a assentamento

A violência na zona rural em disputas por terra se arrasta há séculos no Brasil. Apesar dos avanços, tristes episódios ainda são registrados em alguns locais, ceifando vidas.Um assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em Tremembé (SP) foi alvo de ataque na noite de sexta-feira (10) que deixou dois mortos e seis feridos, dos quais dois estão em estado grave, segundo o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).CONTEÚDO RELACIONADO:Manifestantes do MST ocupam nova área em Parauapebas no PAVeja imagens após o incêndio no acampamento do MSTEm nota, o movimento afirmou que pessoas armadas invadiram o assentamento Olga Benário por volta das 23h em carros e motos e passaram a atirar na direção dos moradores, inclusive crianças e idosos.Oito pessoas foram sido atingidas pelos tiros, segundo o MST e o ministério, entre elas as duas que não resistiram aos ferimentos. Dois dos feridos estão em estado grave.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsApp!Entre os mortos, estão Valdir do Nascimento, conhecido como Valdirzão, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos. Nascimento era uma das lideranças do assentamento.PF DEVE INVESTIGAR CASOEm nota, o MDA diz que o ministro Paulo Teixeira entrou em contato com a Polícia Federal e autoridades do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) para pedir providências e punição do crime, que classificou como bárbaro.”Falei com os secretários [estaduais de São Paulo] Guilherme Derrite, Gilberto Kassab, com o delegado Osvaldo Nico Gonçalves e também com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues”, relatou o ministro, conforme a nota.”O MDA repudia o crime e manifesta solidariedade e apoio aos assentados da reforma agrária, especialmente às famílias de Valdir do Nascimento e do jovem Gleison Barbosa Carvalho, brutalmente assassinados neste caso”, afirma o ministério.Em nota, o MST disse que “se indigna perante a violência e a falta de políticas públicas de segurança nos territórios, que põem a vida de tantos em constante risco”.
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