Esquerda deve apostar em mais qualificação e nomes de peso para 2026

Mesmo sem a confirmação, os bastidores da política já se preparam para definir estratégia e nomes para as eleições gerais de 2026. A direita, que ganha força no Congresso e em Goiás, já possui uma estrada semi-pavimentada para seguir no ano eleitoral que promete ser um dos mais acirrados da ala. Do outro lado, a esquerda deve percorrer 2025 em um período de auto-análise sobre como o movimento deve seguir para guardar e conquistar ainda mais espaço nas próximas urnas, especialmente em Goiás. 

 

Atualmente, o setor ocupa poucas cadeiras tanto no legislativo goiano, quanto na representação do Estado no Congresso Nacional. Além do mais, a esquerda sofreu uma derrota em 2024 para liderança dos municípios com apenas 17 cidades sob gerência de partidos alinhados à esquerda, como PDT, PT e PSB, o que representa apenas 2% das unidades estaduais. Além disso, a presença da área também se manteve tímida em assentos nas Câmara municipais, como Goiânia e Aparecida com apenas quatro e duas cadeiras. 

 

Uma nova qualificação

 

Por causa disso, partidos do movimento podem seguir uma nova estratégia para engajar mais votos para o Estado e para a União. De acordo com a presidenta do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) de Goiás, Cíntia Dias, pretendem criar uma rede de qualificação tanto para os novos membros como para alguns dos veteranos da legenda. 

 

Segundo a diretora, para  O HOJE, o partido objetiva que os parlamentares aprendam novas táticas de articulação política e social com personalidades famosas da sigla. “Esse ano queremos trazer algumas pessoas para dar relatos de suas experiências no meio político. Eles precisam entender que conseguem crescer”, afirma Cíntia. 

 

A expectativa é que o partido cresça fora da Capital onde as pautas têm mais resistência. Para a diretora, o movimento ainda está longe para a população das regiões interioranas, o que difere dos ideais coletivos do partido. 

 

Um dos players de Brasília que deve melhorar a qualificação da legenda em Goiânia é a deputada federal por São Paulo Erika Hilton, que tem uma forte atuação na defesa das pessoas negras e LGBT com mais de 3 milhões de seguidores nas redes sociais. Além disso, outros dois nomes de peso do partido em Brasília podem podem vir à Goiânia, contudo sem a presença confirmada, sendo o deputado federal por Rio de Janeiro Pastor Henrique Vieira e o deputado federal e ex-candidato para a prefeitura em São Paulo Guilherme Boulos. 

 

Nome de peso para o Governo

 

Além do PSOL, a sigla do PT também pode se mobilizar para garantir mais assentos nas eleições. De acordo com a previsão dos bastidores, a legenda de Goiás pode se mover para pleitear a candidatura do atual vereador de Goiânia Fabrício Rosa para ocupar uma cadeira na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego). Em uma entrevista anteriormente fornecida ao Jornal O HOJE, Rosa confirma a pré-candidatura para a Alego e diz que deve disputar um assento. Neste ano, Rosa foi escolhido como o líder do partido na Câmara Municipal de Goiânia e possui uma atuação forte na oposição. 

Outra possível aposta do PT pode ser a possível candidatura do atual vereador Professor Edward Madureira para o Governo do Estado, como contam os bastidores. Um dos fatores que beneficiam Madureira é a sua popularidade e credibilidade dentro e fora da legenda. Em 2024, foi votado com mais de 13 mil votos, o maior da história do PT na Câmara e o segundo mais bem votado das eleições daquele ano.

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