Minha Casa Minha Vida e isenção de IR serão apostas de Lula 

O presidente Lula realizou, nesta segunda-feira, 20, a primeira reunião ministerial de 2025 para debater estratégias para o ano que se inicia. Nela, foram discutidas as próximas as ações a serem implementadas por cada pasta nos meses seguintes.Na ocasião, também foram dados alguns “puxões de orelha”, principalmente no caso da repercussão negativa causada pela fiscalização nas transferências PIX. Como destaque, um dos assuntos abordados foi a COP 30, que será realizada este ano em Belém. Será a primeira reunião global sobre mudanças climáticas a ser realizada em solo brasileiro.O Planalto iniciou o ano com a desaprovação do presidente Lula numericamente superior à aprovação. O mandatário trocou, na terça-feira (14/1), a chefia da Secretaria de Comunicação Social para melhorar sua performance.Focos para 2025Pensando em melhorar a aprovação do governo, ministros de pastas importantes e líderes governistas no Congresso focam numa série de medidas que podem resgatar a popularidade: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil; a ampliação do Minha Casa, Minha Vida (MCMV); a saída do Mapa da Fome; e investimentos no Desenvolvimento Regional.CONTEÚDOS RELACIONADOS Lula deve anunciar presidente da COP 30 nesta terça-feira (21)Lula diz que não quer briga com TrumpLula parabeniza Trump e destaca cooperação entre os paísesEntendaDe acordo com a pesquisa AtlasIntel, Lula tem 49,8% de rejeição e 47,8% de aprovação;O marqueteiro Sidônio Palmeira assumiu a Secretaria de Comunicação Social (Secom) na terça (14/1), com tarefa de melhorar a avaliação do governo através da comunicação. A expectativa do Planalto é que Sidônio promova uma comunicação mais integrada entre os ministérios. Essas propostas devem entrar no novo plano de publicidade do governo;Além da articulação política, as entregas dos ministros Wellington Dias (Desenvolvimento Social), Jader Filho (Cidades) e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) são vistas como cruciais para melhorar aprovação. Lindbergh Farias (RJ) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), líderes do PT na Câmara e do governo no Congresso, afirmaram em entrevistas ao site Metrópoles que a “prioridade” no Legislativo será a aprovação da isenção de Imposto de Renda. De acordo com a mesma pesquisa Atlas, o anúncio da medida melhorou a avaliação do presidente para 30,5% dos entrevistados.BOLSA FAMÍLIANa semana passada, Lula recebeu no Planalto o ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias. O titular da pasta, vista como a “joia da coroa” do governo por lidar com programas como o Bolsa Família, afirmou ao presidente que a meta da pasta para 2025 é retirar o Brasil do Mapa da Fome.O objetivo é diminuir para 2% a prevalência da subnutrição no país. Seria reduzir em mais da metade os 4,2% herdados do governo Bolsonaro, quando 33 milhões de brasileiros estavam no Mapa da Fome. Em 2023, essa taxa fechou em 2,8% e, segundo a previsão do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), a média deste triênio deve fechar em 2,4%.Quer mais notícias de política? Acesse o canal do DOL no WhatsAppHabitação e Desenvolvimento RegionalEm outra frente, o ministro das Cidades, Jader Filho (MDB), avisou ao Planalto que vai aumentar as entregas do Minha Casa, Minha Vida até 2026. Segundo interlocutores da pasta, a expectativa é que a gestão entregue de 2,3 milhões a 2,5 milhões de unidades habitacionais até o fim do ano eleitoral, sendo a maior parte antes do pleito.Esse número representa, no mínimo, 300 mil (15%) acima do número de casas solicitado pelo presidente Lula, que espera contar com 2 milhões de habitações entregues até o fim do seu terceiro mandato. De acordo com técnicos do ministério, Jader já ordenou a aceleração das contratações PAC Seleções MCMV, categoria do Novo Programa de Aceleração do Crescimento que já atende as categorias “Entidades” e “Rural”.No Desenvolvimento Regional, o ministro Waldez Góes espera lançar em breve o 1º Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. “Fizemos, agora está pronto e nas mãos do presidente, que vai lançar para a sociedade”, disse. O titular da pasta também disse que o governo federal vai investir mais R$ 12 bilhões no Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) e que tentará estabelecer uma gestão compartilhada do programa, cobiçado por lideranças locais do centrão no Nordeste.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.