Kassab chama Haddad de “frágil” mesmo após puxão de orelha de Lula



O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, voltou a criticar o ministro Fernando Haddad (Fazenda) mesmo após ter levado um puxão de orelha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no mês passado.

Tanto na primeira vez como agora, Kassab o classificou fraco e “frágil” por supostamente não conseguir emplacar todas as pautas econômicas que tenta no Congresso. No mês passado, ele chegou a comparar Haddad a ministros de governos passados que, segundo ele, conseguiram um melhor desempenho no parlamento.

“Eu tenho dito que o ministro Haddad teve bons projetos aprovados, mas que outros que são tão importantes quanto, ele não tem tido força para aprovar. Portanto, é um ministério frágil que não consegue aprovar as suas medidas”, disse em um evento na última sexta (21). No mês passado, disse que “um ministro da Economia fraco é sempre um péssimo indicativo”.

Isso porque o próprio Kassab é secretário do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) em São Paulo e pode embarcar em uma eventual campanha dele pela direita à presidência no ano que vem.

“Eu acho que o Kassab foi injusto com o significado com companheiro Haddad no Ministério da Fazenda. É importante a gente lembrar: eu posso não gostar pessoalmente de uma pessoa, eu posso ter crítica pessoal àquela pessoa, mas não reconhecer que o companheiro Haddad começou o nosso governo coordenando a PEC da Transição? Porque a gente não tinha dinheiro para governar o país em 2023 e nós conseguimos”, disse Lula no mês passado.

Ele, no entanto, não comentou esta nova crítica de Kassab a Haddad.

Por outro lado, o dirigente partidário afirmou que “torce pelo governo” e negou que tenha criticado as políticas econômicas de Haddad.

“O PSD não apoiou o presidente Lula na sua campanha, mas entende que foi eleito e não temos nenhum problema em apoiar todas as medidas que a gente entende sejam positivas para o país”, completou.

O partido tem, atualmente, três ministérios na Esplanada: Pesca, Agricultura e Minas e Energia, e pode ter mais espaço na reforma ministerial que Lula está planejando fazer.



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