Moradores reclamam de água suja e fedida na zona sul de SP – 25/02/2025 – Cotidiano


Moradores da zona sul de São Paulo dizem estar recebendo água com mau cheiro e coloração escura nas torneiras de suas casas.

A situação estaria ocorrendo nas regiões de Santo Amaro, Capão Redondo, Interlagos, Cidade Dutra, Vila São José, Cidade Ademar e Grajaú. Em alguns endereços, o problema teria começado em dezembro.

Segundo relatos, a água sai amarelada, esverdeada ou marrom. O odor seria similar ao de enxofre.

Responsável pela distribuição na cidade, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) afirmou que a alteração na coloração é causada por questões climáticas, mas a água é potável e segura para consumo.

“Parece que vem direto da represa para a torneira, sem tratamento nenhum”, diz Joelma Gomes, 33, moradora da Vila Natal, no Grajaú. Sua vizinha, Lucrécia Freitas, 42, diz estar sentindo até coceira ao tomar banho e que seu filho de seis meses desenvolveu um quadro de dermatite.

No Capão Redondo, Isabella Seglio, 26, relata que a água tem saído suja da torneira. Por isso, ela está comprando água em galões.

Moradores de vários bairros atingidos têm compartilhado a situação em grupos nas redes sociais. Eles reclamam ainda da demora da Sabesp em atender suas solicitações de vistoria.

Ainda na zona sul, residentes convivem com falta d’água, como mostrou a Folha. O desabastecimento, porém, tem se tornado cada vez mais longo, afirmam.

No Parque Alto do Rio Bonito, na Cidade Dutra, a água na casa de Gabriel Freitas, 23, tem acabado no início da noite e voltado somente após as 6h. Mesmo assim, relata ele, sua conta aumentou 400% em comparação ao último mês, indo de R$ 120 para R$ 480.

Isabella Seglio também enfrenta desabastecimento no Capão. Às 16h desta segunda (24), ela já não tinha água. “Isso sempre aconteceu por aqui, mas antes começava umas 22h30, depois 19h, agora já no começo da tarde.”

Segundo Samanta Souza, diretora de relações institucionais e sustentabilidade da Sabesp, o crescimento populacional na zona sul sobrecarrega a tubulação que retira a água da represa de Guarapiranga –reservatório responsável pela região sul– e distribui para as casas.

“Se um duto foi projetado para atender mil residências, ele vai ter problemas quando a demanda cresce muito”, disse.

Isso, afirma, piora quando o clima é quente e seco. Nessas condições, a população tende a aumentar o consumo, forçando ainda mais a canalização.

A Sabesp afirma estar investindo R$ 55 milhões em obras e que coloca em operação até março três novas estações de tratamento, um reservatório e uma nova central de bombeamento para levar mais água para os moradores da capital e da Grande São Paulo.



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