“Ainda Estou Aqui” ganha Oscar de melhor filme internacional e faz história


O prêmio foi para Mikey Madison, de 25 anos, por Anora. Também estavam no páreo Cynthia Erivo (por Wicked), Karla Sofía Gascón (por Emilia Pérez) e Demi Moore (por A Substância).

Também indicado a melhor filme, Ainda Estou Aqui não levou o prêmio, considerado o principal do Oscar. Anora foi agraciado na categoria e levou ainda quatro outras estatuetas: melhor diretor para Sean Baker, melhor roteiro original e melhor edição para o projeto do diretor de 53 anos.

Homenagem a Eunice Paiva

O filme conta a história da família de Rubens Paiva, deputado cassado, sequestrado e morto pela ditadura militar, pela ótica de sua viúva, Eunice Paiva.

No palco do Dolby Theater em Los Angeles, o diretor de Ainda Estou Aqui, Walter Salles, homenageou a coragem de Eunice Paiva e citou Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, que aparece em cena no final do filme como Eunice Paiva. “Esse prêmio vai para uma mulher que, depois de sofrer uma perda durante um regime autoritário, decidiu não se curvar e resistir. Esse prêmio vai para ela”, disse Salles, enquanto foi ovacionado de pé pela plateia. “E vai para as duas mulheres que deram vida a ela”, completou.

Salles, conhecido por obras como Terra Estrangeira, Central do Brasil e Diários de Motocicleta, disse acreditar que o filme teve impacto com o público que talvez não tivesse familiaridade com a ditadura brasileira, por causa da habilidade do roteiro de superar a perda e a força de lutar contra injustiças. “Esta mulher teve a possibilidade de se curvar ou de abraçar a vida. Ela abraçou a vida”, disse, nos bastidores do Oscar.





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