Chuvas voltam ao RS e devem ir até o final de julho

Nos últimos meses, o Brasil e o mundo voltaram atenção a uma tragédia climática no sul do país. Com 173 mortes, as chuvas no Rio Grande do Sul voltaram a preocupar. As chuvas devem retornar ao Rio Grande do Sul de forma generalizada nas próximas semanas e devem continuar até o fim de julho, com volumes elevados a partir da segunda quinzena de junho, alertou neste domingo (9) a MetSul Meteorologia.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Nova vítima das enchentes é encontrada no RSNúmero de mortes em tragédia no RS sobe para 171Novas chuvas, em volume moderado, são esperadas a partir do próximo fim de semana. “O cenário de precipitação que se esboça pelos dados de hoje é diferente daquele que se viu no fim de abril e no começo de maio, quando volumes absurdamente altos levaram a enchentes com gravidade jamais vista”, ressalta a MetSul em comunicado.O terreno já está mais seco. Nos primeiros nove dias de junho, choveu 17,5 milímetros em Porto Alegre. É 13% da média histórica do mês, de 130 milímetros, de acordo com a empresa de meteorologia.Quer mais notícias do Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppO terreno deve secar ainda mais até a chegada das novas chuvas, já que a previsão na bacia do Guaíba é de tempo firme até a próxima sexta-feira (15). Isso deve permitir que o nível da água do Guaíba tenha “um recuo adicional, com prováveis marcas inferiores a dois metros no cais, quando voltar a chover”, completa a MetSul.A realidade até agora em junho é muito diferente da de maio. Enquanto os primeiros nove dias deste mês em Porto Alegre anotaram 17 milímetros, nos primeiros nove dias do mês passado a capital gaúcha somou 217 milímetros.Felizmente, o retorno da chuva com maior frequência que se projeta para a segunda metade deste mês ocorre na sequência de uma primeira quinzena de junho marcada por pouca chuva em quase todo o Rio Grande do Sul, o que permitiu o recuo dos níveis dos rios e também do Guaíba em Porto Alegre.Chuvas retornam na segunda semana de junhoA tendência é que a chuva retorne para a maioria das regiões do Rio Grande do Sul a partir do fim de semana que vem, de 15 a 17 de junho.No dia 15, as chuvas devem ser moderadas. De acordo com a previsão, vão se concentrar entre o Centro, o Oeste e o Sul do estado.No dia 16, a previsão é de mais chuva, mais forte. “Mas ainda assim sem acumulados excessivos ou extremos”, informa a MetSul.No dia 17, o tempo deve seguir chuvoso na maior parte do estado, mas sem volumes muito altos.Assim, ao menos a partir dos dados de hoje, o cenário para os dias 15 a 17, embora seja de chuva, não aponta volumes extremos que possam gerar novas grandes enchentes. Os níveis dos rios, como não poderia deixar de ser, subirão com a chuva, mas os acumulados previstos não apontam para elevação a níveis de alerta ou críticos.A tendência da segunda metade de junho é ser mais chuvosa, “e é isso que preocupa”, alerta a MetSul. “Com efeito, é o médio prazo que exige maior atenção”, completa.Estão previstos muitos dias de chuva, alguns deles com mais de 100 milímetros.O Rio Grande do Sul nesta primeira metade do mês está dentro da influência da massa de ar quente com a chuva ocorrendo ao Sul da América do Sul. Na segunda metade do mês, deixaremos de estar dentro da área de tempo firme e quente e passaremos a estar na zona de transição de massas de ar quente e frio, o que significará chuva frequente e com maiores volumes.Previsão para o próximo mêsO período entre 15 e 25 de julho será de chuva acima da média em parte no Rio Grande do Sul. A previsão é baseada em mapas do Centro Meteorológico Europeu divulgados pela MetSul.Já na primeira metade de julho, “a chuva se situaria ao redor das médias históricas”, diz a MetSul. Ressalta, porém, que somente mais a curto prazo a precisão da previsão é maior.”O panorama de chuva que se publica hoje sofrerá inevitavelmente mudanças durante os próximos dias”, ressalta o comunicado meteorológico. “Sob bloqueio atmosférico, por experiência, sabemos que as projeções de chuva costumam ter alterações às vezes significativas. Por isso, é fundamental que se acompanhe a previsão do tempo regularmente e apps não são recomendados em situações de risco que demandem interpretação e contexto por meteorologistas que integrem dados meteorológicos e hidrológicos”, diz a MetSul.
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