Promotoria recorre a sentença de Luis Rubiales – 06/03/2025 – Esporte


A Promotoria da Espanha recorreu nesta quinta-feira (6) da sentença imposta ao ex-cartola Luis Rubiales e pediu que seja realizado um novo julgamento. A alegação principal é que faltou imparcialidade ao magistrado que condenou o ex-presidente da federação espanhola uma multa como punição pelo beijo dado na jogadora Jenni Hermoso, após a final da Copa do Mundo.

Em documento ao qual a AFP teve acesso, a promotora Marta Durántez solicita um novo julgamento presidido por um magistrado “não viciado, pelo menos, de aparência de parcialidade”, e denunciou que foi impedida de fazer inúmeras perguntas e que muitas provas foram ignoradas pelo juiz.

O magistrado José Manuel Fernández Prieto não fez “qualquer menção na sentença a várias questões fundamentais sobre as quais foram apresentadas provas no ato do julgamento, como se tais provas não tivessem existido”, sustentou a acusação.

Além disso, Durántez acusa o juiz de impedir a “acusação de formular perguntas pertinentes a várias das testemunhas”, antes de passar a enumerar todas “as ocasiões em que foram inadmitidas perguntas do Ministério Público”.

Os fatos narrados na acusação ocorreram em 20 de agosto de 2023, durante a cerimônia de entrega de medalhas após a Espanha ser campeã do mundo em Sydney. Na ocasião, Rubiales forçou um beijo na boca da jogadora, o que provocou um escândalo mundial e acabou precipitando a demissão do dirigente.

Na sentença do julgamento que ocorreu de 3 a 14 de fevereiro, perto de Madri, o juiz declarou Rubiales culpado de agressão sexual e lhe impôs uma multa de 10,8 mil euros (R$ 67 mil)) e proibição de se aproximar ou contatar a vítima durante um ano.

O magistrado, no entanto, o absolveu do delito de coação, por entender que não houve violência ou intimidação nas pressões sobre a atacante da seleção feminina para que minimizasse o gesto.

Tanto a defesa de Hermoso quanto o próprio Rubiales anunciaram também que recorreriam da sentença.

A promotoria havia pedido uma pena de dois anos e meio de prisão (um ano pelo beijo e um ano e meio pelas coações) ao ex-cartola que presidiu a federação espanhola de 2018 a 2023.



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