Piloto da Azul faz manobra abrupta e comissária se machuca – 10/03/2025 – Cotidiano


Uma aeronave Airbus A330 da Azul Linhas Aéreas acabou chegando muito próxima de um avião Cessna Caravan enquanto realizava a descida na Flórida, e a manobra evasiva deixou uma comissária ferida.

O caso ocorreu em 4 de fevereiro, mas os detalhes só foram revelados agora, no início de março. O A330-200, de matrícula PR-AIL, realizava o voo AD8702, de Campinas para Fort Lauderdale, ao norte de Miami, quando, durante a descida na costa da Flórida, aproximou-se de um Cessna C208EX Grand Caravan, de matrícula N305NC, que voava de Norman’s Cay, nas Bahamas, para Miami.

Em determinado momento da descida do A330 para aproximação em Fort Lauderdale, a aeronave atingiu uma altitude de 8.675 pés, enquanto o Cessna encontrava-se em uma altitude praticamente similar, de 8.575 pés–ou seja, uma diferença vertical de 100 pés (30 metros), conforme informam os dados das plataformas AirNavRadar e FlightRadar24.

Pessoas próximas à operação da companhia informaram ao Aeroin que os aviões chegaram a ficar a 40 pés (12 metros) de distância um do outro. O sistema TCAS teria alertado os pilotos com um aviso de tráfego (Traffic Advisory) por 20 segundos e, em seguida, por mais 8 segundos, acionando o chamado RA (Resolution Advisory).

Durante essa manobra de RA, o A330-200 passou de uma taxa de descida de 1.500 pés por minuto para uma taxa de subida de 1.300 pés por minuto. Essa mudança brusca fez com que uma das comissárias, responsável pela preparação da cabine para o pouso, caísse e se machucasse, torcendo o tornozelo.

Uma investigação interna na companhia confirmou os detalhes acima e apontou que “a tripulação foi informada do ocorrido e houve coordenação após o pouso para o atendimento da comissária. As autoridades locais foram devidamente comunicadas”.

O caso está sendo tratado como investigação em andamento pela empresa. Entretanto, aparentemente, os dois pilotos que estavam em comando da aeronave foram desligados semanas após o ocorrido por falta de atenção e proatividade, enquanto o terceiro piloto, que acompanhava a descida no terceiro assento (jumpseat) e teria percebido a situação antes da manobra evasiva, foi reinstruído quanto aos procedimentos.

Entramos em contato com a Azul Linhas Aéreas para entender melhor o caso e buscar um posicionamento da empresa, e a empresa informou em nota que “a tripulação do voo AD8702 (Viracopos-Fort Lauderdale), do dia 4 de fevereiro, adotou os procedimentos previstos nos manuais do Airbus A330-200 e de acordo com protocolos internacionais de segurança aérea, os quais a companhia segue com absoluto rigor. Informa, ainda, que está à disposição dos órgãos nacionais e internacionais para auxiliar nas investigações. A Companhia reforça que tem a segurança de suas operações como valor primordial.”



Source link

Adicionar aos favoritos o Link permanente.