‘Tomara que você seja deportado’


O menino que havia sido alvo da ofensa era meu filho.

Depois do susto que levou, a resposta que ele deu também lhe gerou uma punição por parte da direção da escola, com toda razão.

A novidade não é a existência de uma discussão entre crianças. Mas o desembarque de uma nova maneira de agredir, baseada no ódio que é instrumentalizado por uma ala ultraconservadora que chegou ao poder.

Ninguém nasce odiando. Não brota de forma espontânea da cabeça de nenhuma criança a ideia de desejar que a outra seja “deportada”.

A garota que usou esse instrumento é tão vítima quanto meu filho. Vítima de uma liderança que decidiu transformar o outro em inimigo e sinalizou para milhões de americanos que existe uma fronteira dentro de cada classe, de cada escola e de cada bairro.

Uma liderança que passou, com seus discursos, a autorizar o ódio como uma arma legal e, ao mesmo tempo, impedir que programas de diversidade possam existir. Um movimento que, para chegar ao poder, foi explorar o sentimento mais íntimo de uma sociedade abalada pela incerteza.





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