Israel rompe cessar-fogo e continua genocídio da população palestina

430 palestinos já foram assassinados por Israel nas últimas 12 horas em Gaza, após o fim do cessar-fogo. Assassinatos em massa cometidos pelo exército sionista priorizam mulheres e crianças.

Felipe Annunziata | Redação


INTERNACIONAL – Sem nenhum tipo de provocação ou descumprimento do acordo de cessar-fogo por parte da resistência palestina, o ditador sionista Benjamin Netanyahu retomou os bombardeios e o assassinato em massa do povo da Faixa de Gaza. Os ataques contra a população civil se concentrou nas localidades de Rafah, Khan Younis, Cidade de Gaza, Deir al-Balah e Al-Mawasi.

Mesmo com os grupos de resistência palestina conduzindo a libertação dos prisioneiros de guerra israelenses nas últimas semanas, conforme previa o acordo de cessar-fogo, Israel já havia retomado, há algumas semanas, o bloqueio da entrada de águas, alimentos e outros itens de primeira necessidade para os palestinos.

“As mesmas imagens voltaram para nos atormentar. Pequenas crianças em macas, irmãos feridos e desorientados tentando se acalmar e reconfortar, famílias inteiras assassinadas, crianças, mães e pais procurando seus entes queridos debaixo dos escombros sem saber se estão vivos ou mortos.”, afirmou Riyad Mansour, embaixador da Palestina na ONU.

Por que Israel voltou a massacrar palestinos de Gaza?

Um dos motivos que vem sendo afirmado na grande mídia burguesa para a retomada do genocídio na Faixa de Gaza seria o medo do líder de Israel, Benjamin Netanyahu, ser preso pelas acusações de corrupção das quais é alvo. No entanto, apesar de terem um peso grande na decisão do governo israelense, a situação judicial de Netanyahu não é a causa principal do retorno da guerra.

Na realidade, Israel está aproveitando o momento em que conta com um apoio ainda mais forte do presidente fascista dos EUA, Donald Trump, para colocar em prática seu plano histórico de limpeza étnica da população palestina de suas terras. O objetivo de Netanyahu, como já foi afirmado inúmeras vezes pelo próprio e por seus ministros, é matar o maior número possível de palestinos e expulsar os demais da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.

Mesmo com o cessar-fogo, conquistado após muita luta pela resistência palestina, este nunca deixou de ser o objetivo principal de Israel. Com a garantia de Trump, que defende transformar Gaza num resort em cima dos corpos de dezenas de milhares de palestinos, os israelenses se sentiram “à vontade” para retomar o genocídio.

No entanto, tanto a resistência palestina, quanto os povos do mundo não ficarão parados diante desta barbárie. No Iêmen, os rebeldes Houthis, com apoio da população, retomaram os ataques aos comboios de navios estadunidenses e israelenses no Mar Vermelho. Na Europa e nos EUA, movimentos sociais de estudantes e trabalhadores prometem continuar a pressão para o fim de genocídio, mesmo sob a ameaça de repressão das chamadas “democracias ocidentais”.

Neste momento, com a violência dos ataques é urgente a mobilização e a denúncia diária das atrocidades cometidas por Israel neste genocídio. Os palestinos já demonstraram, mais de uma vez, sua capacidade de resistir e vencer o agressor imperialista, cabe a todos agora apoiar esta luta.

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