Chapa construída pelo Movimento Correnteza vence eleições do DCE-UFCG

O Movimento Correnteza construiu lutas reivindicatórias durante o processo eleitoral do DCE-UFCG. Foto: JAV/PB

Recebendo 2734 votos, a chapa “A maré tá pra luta” venceu as eleições do DCE-UFCG em fevereiro. Na mobilização para o processo eleitoral, o Movimento Correnteza vendeu 120 exemplares do jornal A Verdade entre os estudantes

Guilherme Queiroz | Campina Grande (PB)


As eleições do DCE da Universidade Federal de Campina Grande (DCE-UFCG), realizadas nos dias 25 e 26 de fevereiro, se concluíram com a vitória da chapa impulsionada pelo Movimento Correnteza. Junto de Centros Acadêmicos e Diretórios Acadêmicos de todos os 7 campi da universidade, o movimento uma chapa composta por mais de 100 estudantes comprometidos com a transformação da realidade da UFCG em 2025.

Com uma intensa campanha que buscou debater os próximos passos do movimento estudantil na universidade e promoveu a venda de mais de 120 exemplares do jornal A Verdade, a Chapa 01 – A MARÉ TÁ PRA LUTA conquistou 2734 votos. Mesmo com um processo de chapa única, a eleição bateu o quórum de votos pela primeira vez em 10 anos. Essa foi a terceira vitória seguida do Movimento Correnteza nas eleições do DCE-UFCG, reafirmando que a mobilização é o caminho certo para o avanço do movimento estudantil.

Gestões de luta

Durante a primeira gestão que contou com a participação do Movimento Correnteza (2022-2023), foi organizada uma grande campanha pela abertura dos Restaurantes Universitários a preço popular. Naquele momento, a UFCG organizava a reabertura de seus restaurantes ao preço de R$ 10,00, sob fortes críticas dos estudantes.

Após muita luta, o DCE-UFCG conquistou um subsídio de 50% no valor da alimentação para todos estudantes da universidade, tornando-se o RU mais barato da Paraíba. Essa gestão também foi responsável pela reativação do CNPJ e da conta bancária da entidade, desativados havia 8 anos, e pela revitalização da sede do DCE em Campina Grande, que estava em situação de abandono.

A gestão seguinte (2023-2024), que também foi impulsionada pelo Movimento Correnteza,  protagonizou a conquista da primeira eleição paritária para a reitoria. Anteriormente, em todas as eleições, o voto estudantil tinha peso de apenas 15%. Por sua vez, o voto dos professores valia 70% do processo. O DCE-UFCG conquistou a paridade, organizou o processo e cumpriu um papel decisivo para que aquela fosse a eleição para a reitoria com maior participação quantitativa e proporcional da história da universidade.

Além disso, a gestão de 2023-2024 organizou o primeiro congresso da entidade em 21 anos, abriu um cinema gratuito em sua sede, registrou a entidade para a emissão de carteirinhas — o que não acontecia havia 10 anos — e trouxe de volta as calouradas.

Vitória estudantil

O próprio processo eleitoral do DCE-UFCG demonstrou que 2025 será um ano de ainda mais lutas e vitórias estudantis. Durante a campanha, no campus da cidade de Cajazeiras, a chapa organizou a reivindicação por melhores estruturas para uma turma de Biologia que estava assistindo aulas em uma sala de conferências muito quente, sem climatização adequada e com pouca visibilidade de slides. Assim que a chapa se deparou com essa situação, organizou a mobilização e, no outro dia, conquistou o realocamento da turma para uma sala adequada que estava vazia.

O histórico da entidade demonstra que foi a partir da luta do movimento estudantil em torno das pautas mais caras aos estudantes que o Movimento Correnteza reconstruiu o DCE-UFCG. Em 2025, tendo construído a chapa que contou com o maior número de estudantes em anos, a gestão – A MARÉ TÁ PRA LUTA pretende cumprir a sua principal promessa de campanha: organizar os estudantes na luta por estrutura e permanência na UFCG.

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