A Catedral foi construída entre os anos de 1748 e 1774, finalizada pelo arquiteto italiano Antonio Landi. Com influências do barroco e do estilo neoclássico, o altar-mor, de mármore e alabastro, veio de Roma, como doação do Papa Pio IX. Os altares laterais ostentam telas do pintor Domenico de Angelis, sendo que a igreja é consagrada à Santa Maria de Belém.De lá, vá caminhando até a rua Padre Champagnat, em frente ao templo, e visite o Museu do Círio. O espaço retrata a história da devoção popular em torno da celebração do Círio, registrado como Patrimônio Cultural Imaterial brasileiro pelo IPHAN desde 2004.O acervo do Museu do Círio contempla sua realidade histórica, cultural e artística através de aproximadamente 2.000 peças, divididas em 11 coleções, que vão desde arte sacra do século XIX até a arte popular em objetos de miriti, destacando-se o numeroso acervo de ex-votos, entre outros itens que testemunham o Círio das origens até a contemporaneidade.Feita a visita, siga para o bairro de Nazaré, até a Praça Santuário. No caminho admire o túnel de mangueiras da avenida Nazaré, que alivia o calor da caminhada de fé. Observe os arcos do Círio, que são trocados anualmente para celebração da festividade e ficam expostos o ano inteiro. A Praça Santuário é o ponto de chegada da romaria.
O local, primeiramente, foi conhecido como Largo de Nazaré e fica bem em frente à Basílica de Nazaré. No centro da Praça, um altar é o local onde a imagem da Virgem fica exposta para visita dos fiéis durante 15 dias da quadra nazarena.O logradouro tem suas linhas modernas, gradil, altar-central, concha acústica e um monumento de mármore em forma de manto de Nossa Senhora de Nazaré.Ao lado da Praça Santuário, caminhe até a Casa de Plácido, local onde os romeiros que caminham por dias em direção à Basílica Santuário de Nazaré são recebidos com um acolhimento com direito à refeição e massagem para que possam se recuperar e venerar a Virgem Santa. Ao lado da Casa de Plácido, observe a antiga Estação dos Carros, hoje batizada de Estação Padre Luciano Brambilla, onde ficam guardados a Berlinda e os demais carros que participam das romarias da quadra nazarena.No mesmo complexo é possível conhecer o espaço Memória de Nazaré, um outro museu que guarda peças que remetem ao Círio, como mantos que vestiram a imagem da Santa e objetos que serviram como pagamento de promessas e quadros pintados por pessoas privadas de liberdade.Finalize o passeio pela imponente Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, onde no altar-mor, em um espaço chamado de Glória, fica guardada a imagem original da Santinha, que segundo a tradição, foi encontrada pelo caboclo Plácido e sempre voltava para o mesmo lugar.A edificação é inspirada na Igreja de São Paulo, em Roma, com a assinatura dos arquitetos italianos Gino Coppede e Giuseppe Predasso, este que coordenava os trabalhos à distância, na Itália, tendo como intermediário o Padre Luis Zoia. A construção foi iniciada em 1909, no final do ciclo da borracha, e atravessou os dois períodos de guerras mundiais.
Aproveite para comprar lembranças da festividade nas várias lojas e barraquinhas ao redor do templo, amarre suas fitas com pedidos e agradecimentos no gradil do Santuário e se programe para voltar em outubro, outro mês especial para aproveitar o que Belém tem de melhor a oferecer.SERVIÇOPARA CONHECERCatedral Metropolitana de BelémEndereço: Praça Dom Frei Caetano Brandão – Cidade Velha.Museu do CírioR. Padre Champagnat, s/n – Cidade Velha.Praça Santuário de NazaréAv. Nazaré, s/n – NazaréCURIOSIDADESA Basílica de Nossa Senhora de Nazaré tem sua história está atrelada com o a descoberta da imagem de Nossa Senhora de Nazaré por Plácido às margens do igarapé Murucutu, área que atualmente corresponde aos fundos da Basílica.Independente do lugar para onde a imagem era levada, desaparecia e ressurgia onde foi encontrada, fazendo com que fosse erguida uma capela em sua homenagem no local, hoje a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré.Em 31 de maio de 2006, a Basílica Santuário de Nazaré foi elevada à categoria de Santuário Mariano Arquidiocesano pelo então Arcebispo Metropolitano de Belém Dom Orani João Tempesta.