Jade Barbosa se firmou como líder em medalha olímpica aos 33 anos.

Jade Barbosa, um dos grandes nomes da ginástica artística brasileira, finalmente alcançou o sonho olímpico ao conquistar a medalha de bronze com a equipe feminina durante os Jogos Olímpicos de Paris 2024. A confirmação da conquista trouxe um alívio e uma alegria imensa, expressa pelo treinador Chico Porath: “Caramba, a Jade é medalhista olímpica!”. Sua trajetória e dedicação ao esporte fazem dessa conquista um marco importante na história da ginástica brasileira.

A história de Jade com a ginástica começou a brilhar nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro em 2007, quando se destacou como uma das promessas do Brasil. No ano seguinte, ela conquistou a medalha de bronze no individual geral no Mundial de Stuttgart, e em 2010 e 2023, voltou ao pódio em Mundiais, somando experiência e conquistas em três décadas diferentes.

Rebeca Andrade, Jade Barbosa, Lorrane Oliveira, Flávia Saraiva e Júlia Soares comemoram bronze por equipes nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. FOTO: Miriam Jeske/COB

Até a chegada de Paris 2024, Jade havia participado de duas Olimpíadas: Pequim 2008 e Rio 2016, mas não conseguiu subir ao pódio. Em 2019, uma lesão no tornozelo durante o Mundial a impediu de competir em Tóquio 2020, onde atuou como comentarista. Essa edição de Paris era vista como sua última oportunidade de conquistar uma medalha olímpica, e Jade não decepcionou.

Durante a competição, Jade se destacou como a âncora emocional da equipe. Ela incentivou as mais novas, cuidou dos preparativos das barras, secou o chão e se manteve ativa em todos os momentos. Sua experiência e liderança foram fundamentais, como ressaltou a técnica ucraniana Iryna Ilyashenko: “Ela é a base, uma raiz. Estou muito feliz que, com 33 anos, ela finalmente tem essa medalha”.

Jade competiu no último aparelho da rotação, o salto, que é o forte da equipe brasileira. Embora tenha enfrentado a pressão e não conseguido cravar a aterrissagem, seu semblante mostrava a responsabilidade que carregava. O alívio veio quando as notas das competidoras britânicas na trave confirmaram a medalha para o Brasil. “Eu, Jade Barbosa, sou medalhista olímpica”, celebrou a ginasta, emocionada.

Jade Barbosa, da ginástica artística feminina, nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. FOTO: Miriam Jeske/COB

Em sua declaração, Jade refletiu sobre sua jornada: “O que eu poderia pedir mais? Mas Deus me deu, deu às meninas. Fico muito feliz de estar vivendo a ginástica que sempre imaginei para o Brasil”. Ela também destacou o esforço coletivo que levou a essa conquista: “Essas duas horas de competição foram trabalhadas em mais de 40 anos. O Brasil não era nada nesse esporte, mas hoje somos uma potência”.

Com essa medalha, Jade Barbosa não apenas realiza um sonho pessoal, mas também inspira novas gerações. “Hoje podemos dizer que temos uma escola brasileira de ginástica. Lutamos por cada detalhe, e queremos que mais pessoas pratiquem e que as novas gerações sintam que é possível”, concluiu.

Fonte: Comitê Olímpico do Brasil

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