Países aumentam valor de financiamento climático na COP 29

As mudanças climáticas tem aumentado fenômenos naturais causando grandes problemas para o mundo, especialmente em nações em desenvolvimento. A União Europeia, os Estados Unidos e outros países mais ricos concordaram em elevar a proposta de financiamento climático para US$ 300 bilhões anuais até 2035, visando apoiar nações em desenvolvimento na luta contra os impactos das mudanças climáticas. O aumento vem após a rejeição de uma proposta anterior, considerada insuficiente por outras nações.A cúpula climática COP 29, que deveria ser concluída na sexta-feira (22), se estendeu devido ao impasse entre quase 200 países que buscam um consenso sobre o plano de financiamento para a próxima década. Uma proposta inicial de US$ 250 bilhões, apresentada pela presidência do Azerbaijão, foi taxada como “deploravelmente baixa” por representantes dos países em desenvolvimento.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Participantes se despedem da COP29 já na expectativa pela COP em BelémCOP 29 tem avanço nas negociações sobre adaptações climáticasPromessa ainda gera dúvidasAinda não está claro se o novo compromisso de US$ 300 bilhões foi formalmente apresentado aos países em desenvolvimento durante as discussões em Baku, nem se será suficiente para obter apoio das delegações. Segundo fontes próximas às negociações, a União Europeia e países como Estados Unidos, Austrália e Reino Unido já teriam concordado com o valor revisado.Entretanto, a falta de clareza sobre a implementação e o histórico de promessas não cumpridas por parte das nações ricas têm gerado desconfiança entre os países em desenvolvimento. O compromisso anterior de financiamento climático, de US$ 100 bilhões anuais, deveria ter sido cumprido até 2020, mas só foi alcançado em 2022 e termina em 2025.Quer mais notícias do mundo? Acesse nosso canal no WhatsAppTensão durante as negociaçõesO clima dentro da sala de negociações tem sido marcado por irritação, conforme relataram três participantes. “Não há clareza sobre o caminho a seguir. Não há clareza sobre a vontade política que precisamos para sair disso”, afirmou Juan Carlos Monterrey Gomez, principal negociador do Panamá, a portais internacionais de notícias.Já o ministro do Meio Ambiente de Serra Leoa, Abdulai Jiwon, evitou comentar diretamente sobre o novo valor, dizendo apenas que “ainda estamos trabalhando no número com outras partes”.As negociações têm exposto as divergências entre os países ricos, pressionados por orçamentos domésticos apertados, e as nações em desenvolvimento, que enfrentam os crescentes custos de tempestades, inundações e secas intensificadas pelas mudanças climáticas.Até o momento, porta-vozes da Comissão Europeia e do governo australiano se recusaram a comentar. A delegação dos EUA e o Ministério da Energia do Reino Unido também não responderam a solicitações da imprensa.
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