Operação destrói estrutura de garimpo na APA Igarapé Gelado

Na última terça-feira (26), a Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) , Ibama e Força Nacional, realizou a Operação Guarda-chuva VI para combater o garimpo ilegal de ouro na Unidade de Conservação Federal APA do Igarapé Gelado, no município de Parauapebas, sudeste do Pará.Durante a ação, foram inutilizados 18 motores estacionários, duas escavadeiras hidráulicas, quatro motocicletas e mais de dez acampamentos instalados na floresta, próximos à Vila Sansão. Embora o garimpo estivesse em operação, os trabalhadores fugiram ao perceber a chegada das autoridades.Veja também:Polícia prende suspeito de homicídio na zona rural paraenseOperação no Pará neutraliza líder de facção foragidoBioma em alerta: perdas graves na Mata AtlânticaOs equipamentos destruídos eram usados para a extração ilegal de ouro na região da Floresta Nacional de Carajás. Os responsáveis poderão responder por crimes de usurpação de matéria-prima da União e exploração de recursos minerais sem autorização.Impacto ambientalO garimpo ilegal no Pará apresenta números preocupantes, com impactos ambientais e sociais significativos. Em áreas protegidas como as Terras Indígenas Kayapó e Munduruku, houve um crescimento de até 970% na ocupação por garimpeiros em algumas décadas. Essas duas terras, junto com a Yanomami em Roraima, concentram 95% do garimpo ilegal registrado na Amazônia Legal, segundo dados do MapBiomas e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe)​. Medidas recentes, como a exigência de rastreabilidade e o fim da presunção de legalidade na comercialização do ouro, têm reduzido a produção em garimpos ilegais. No Pará, a produção caiu significativamente: de 31 toneladas em 2022 para 17 toneladas em 2023. Em Itaituba, por exemplo, a produção foi reduzida pela metade no mesmo período​Esses números destacam a urgência de ações de fiscalização e de políticas públicas mais eficazes para combater essa atividade, que não só degrada o meio ambiente, mas também afeta comunidades locais e territórios indígenas. A operação destacou a importância de desmobilizar atividades ilegais de mineração, que causam impactos graves ao meio ambiente, afetando diretamente a bacia hidrográfica local. As ações seguem reforçando o combate à destruição ambiental e à extração clandestina de recursos na Amazônia. (Com informações de Edinaldo Sousa e Ecoamazônia). 
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