Governador de Goiás é condenado por abuso de poder político

O atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado nasceu na cidade de Anápolis (GO) e se formou em medicina. Atuou como líder reconhecido no estado e em âmbito nacional.Nesta quarta-feira (11) uma decisão da justiça deixou o atual governador do estado de Goiás inelegível por oito anos pela prática de abuso de poder político nas eleições municipais de 2024. A decisão é da juíza Maria Umbelina Zorzetti, da primeira zona eleitoral de Goiânia. No entanto, o atual chefe do executivo estadual ainda pode recorrer em segunda instância ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A liminar também cassou o registro da chapa do prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel, que foi apoiado por Caiado na disputa pelo comando da capital. Quer mais notícias sobre Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppApesar da decisão, a medida não afeta o mandato atual de Caiado, que segue até o ano de 2026. Como a sentença não possui execução imediata, Mabel e a vice-prefeita eleita, Cláudia Lira (Avante), conhecida como Coronel Cláudia, poderão ser diplomados e tomar posse, até que o processo esteja finalizado (transitado em julgado).A decisãoSegundo a magistrada, o governador Ronaldo Caiado utilizou a sede do governo estadual, o Palácio das Esmeraldas para promover eventos de campanha em apoio a Sandro Mabel. A denúncia foi feita pela coligação do candidato de oposição derrotado no último pleito, Fred Rodrigues (PL).O Ministério Público de Goiás também se manifestou favorável à condenação.Defesa Em nota, a defesa de Caiado disse que vai recorrer da decisão e consideraram incorreta a análise dos fatos e desproporcional a aplicação da pela de inelegibilidade. “O evento apurado na ação, ocorrido na residência oficial do governador, teve como propósito homenagear os vereadores eleitos em Goiânia e iniciar uma relação institucional entre o Executivo estadual e o Legislativo municipal. Não houve, na ocasião, nenhum caráter eleitoral: não se pediu voto, não foram mencionadas eleições e não havia adereços de campanha”, diz a nota.“A defesa, portanto, reafirma que não houve ilícito eleitoral, o qual, se tivesse ocorrido, ensejaria, no máximo, a aplicação de uma multa”, acrescentam os advogados de Caiado.A defesa do prefeito eleito Sandro Mabel disse que também irá recorrer. Em nota, a defesa reforçou que “não houve qualquer irregularidade na conduta apontada, tratando-se apenas de uma reunião política realizada na residência do governador, sem desvio de finalidade ou mesmo sem a gravidade que justifique o desfecho apresentado na sentença”.Os advogados Dyogo Crosara, Talita Hayasaki e Wandir Allan argumentam que a análise da juíza se baseou em “premissas equivocadas” e que não condizem com a jurisprudência do TSE e do TRE goiano. “Ressaltamos que toda decisão judicial em matéria eleitoral deve ser pautada por uma análise objetiva da gravidade dos fatos, algo que não se evidencia no presente caso”, diz a nota.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.