Benevides foi a 1ª e Belém a 36ª na avaliação do ensino

Os resultados do Ideb 2023 (Índice de Desenvolvimento da Educação) – principal indicador de qualidade da educação básica do país – revelaram grandes divergências nos indicadores quando comparado com o rendimento das escolas municipais. No comparativo de resultados dos anos iniciais entre os índices de Belém e de Benevides, município da região metropolitana que têm sido destaque nos exames nacionais de proficiência escolar, a capital paraense não conseguiu – nas últimas três edições do Ideb – atingir as metas fixadas. Para 2021, o índice a alcançar era de 5,0, mas a meta não foi cumprida. Em 2023, mesmo sem ter uma meta fixada, o resultado nas escolas da capital foi de 4,9, abaixo da avaliação anterior.Por outro lado, o ensino municipal em Benevides avança como destaque na educação brasileira. O município conseguiu ultrapassar as metas fixadas pelo Índice nos últimos 4 anos. A meta fixada para 2021 foi de 5,5, e a nota obtida foi 6,1. Em 2023 o Ideb da educação municipal nos anos iniciais foi de 6,5, uma das melhores notas da região Norte.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Estado repassa mais R$ 6 milhões à rede de ensinoPará alcança o 6º melhor resultado na educação em 2 anosEm 2021, ainda passando por reflexos da pandemia, Benevides despontou em 1º lugar no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), entre as cidades paraenses, e obteve uma das maiores notas da Região Norte. Benevides detém um selo regional no ranking de escolas e redes de ensino brasileiras que possuem destaque na condução da educação.Na comparação entre o cumprimento de metas nos anos finais, Belém não conseguiu alcançar nenhum resultado previsto para o Ideb nos últimos anos. Benevides, ao contrário, trabalhou pela política de melhoria dos índices e do aprendizado, alcançando todas as metas.Quer mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsAppO Ideb varia numa escala de 0 a 10 e é calculado a cada dois anos e utiliza duas variáveis: as notas do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) e a quantidade de alunos aprovados. Ele é o principal indicador de qualidade na educação do país.A maioria das capitais do Brasil melhorou o desempenho educacional nos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano). Belém ficou abaixo dos índices nesta etapa da educação.O Ideb faz o cruzamento de duas informações da área da educação, e apresenta resultados em uma escala que vai de 1 a 10. São elas: taxa de aprovação/fluxo escolar (a porcentagem de alunos que não repetiram de ano em uma escola ou rede de ensino); e notas do Saeb, uma prova de português e de matemática feita por alunos do 2º, 5º e 9º ano do ensino fundamental e por estudantes do 3º do ensino médio. No caso do 9º ano, para uma amostra específica, houve também questões de ciências da natureza e ciências humanas.O Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) é um conjunto de avaliações externas em larga escala que permite ao Inep realizar um diagnóstico da educação básica brasileira e de fatores que podem interferir no desempenho do estudante.Por meio de testes e questionários, aplicados a cada dois anos na rede pública e em uma amostra da rede privada, o Saeb reflete os níveis de aprendizagem demonstrados pelos estudantes avaliados, explicando esses resultados a partir de uma série de informações contextuais.O Saeb permite que as escolas e as redes municipais e estaduais de ensino avaliem a qualidade da educação oferecida aos estudantes. O resultado da avaliação é um indicativo da qualidade do ensino brasileiro e oferece subsídios para a elaboração, o monitoramento e o aprimoramento de políticas educacionais com base em evidências.Nas duas últimas edições do Saeb o ensino municipal em Belém regrediu nas avaliações de Português e Matemática, quando comparados os resultados dos testes aplicados em 2019 e em 2021. Os resultados negativos no Saeb contribuíram para o não cumprimento de metas no Ideb.
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