Filha de Eurípedes Jr usava dinheiro de partido para luxo

Enquanto a Polícia Federal não prende o presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior, a corporação distribui, aos poucos, parte de informações do que se encontrou no âmbito da Operação Fundo do Poço, desencadeada para revelar segredos de como gente ligada ao partido – que parte antes era o Pros – desviou mais de R$ 35 milhões. 

Segundo a PF, ao menos duas filhas de Eurípedes estavam envolvidas no escândalo. Jheniffer Hannah Lima de Macedo, uma delas, inclusive, foi flagrada pelos policiais se utilizando da grana que seria destinada para o partido investir em campanhas eleitorais. 

Ainda conforme a apuração, a jovem foi beneficiada do fundo eleitoral para, além de ter sido colocada em cargos, mas também para bolsas de estudos e viagens internacionais. As informações foram publicadas pelo site Metrópoles. 

Presidente nacional da legenda, Eurípedes Júnior é o principal nome investigado no âmbito das investigações que buscavam desmantelar, segundo a PF, uma organização criminosa que teria sido responsável por apropriação indevida de fundos partidários durante as eleições de 2022. As investigações apontam que o grupo desviava recursos por meio de despesas não relacionadas às atividades partidárias.

Jheniffer, que ocupou o cargo de vice-presidente do Pros em 2022, atualmente é secretária-executiva do Solidariedade. Ela também recebeu bolsa de estudos no Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP) e participou de diversas viagens dentro e fora do país. Em fevereiro deste ano, esteve Miami com o Eurípedes, o pai. .

Tudo começou quando, na quarta-feira (12), a Polícia Federal (PF) cumpriu mandados de busca, apreensão e prisão em Goiânia em busca de documentos e bens de investigados de compor grupo que teria desviado, segundo a corporação, ao menos R$ 35 milhões do Partido Republicano da Ordem Social (Pros), que agora, depois de fusão, é Solidariedade. 

A PF, durante as investigações, concluiu que o valor teria sido apropriado, supostamente de forma criminosa, em ocasião das eleições de 2022, quando a agremiação teria utilizado “candidaturas laranjas ao redor do país, de superfaturamento de serviços de consultoria jurídica e desvio de recursos partidários destinados à Fundação de Ordem Social (FOS) – fundação do partido”.

A ação foi batizada pelos policiais de “Operação Fundo no Poço” e cumpriu, até o final do dia de ontem, sete mandados de prisão preventiva, 45 mandados de busca e apreensão em dois estados (Goiás e São Paulo) e no Distrito Federal (DF).

PF encontrou em Goiânia um helicóptero usado pelo presidente nacional do Solidariedade, Eurípedes Júnior. O político é goiano. A Justiça Eleitoral do DF determinou bloqueio e indisponibilidade de R$ 36 milhões e o sequestro judicial de 33 imóveis.

Desvio milionário

As investigações tiveram início a partir de denúncia de um então presidente do partido “em desfavor de um ex-dirigente suspeito de desviar aproximadamente R$ 36 milhões”, informou a PF.

Ainda segundo os investigadores, foi constatada lavagem de dinheiro “por meio da constituição de empresas de fachada, aquisição de imóveis por meio de interpostas pessoas e superfaturamento de serviços prestados aos candidatos laranjas e ao partido”.

Além de Eurípedes, outros ex-dirigentes e ex-candidatos da sigla nas eleições de 2022 também são alvos da operação. Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade; Alessandro Souza da Silva, candidato a deputado em 2022; Felipe Antônio Espírito Santo; Fabrício George Gomes dos Santos; Bruno Aurélio Rodrigues da Silva Pena; Jarmisson Gonçalves de Lima.

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