Saída de Vilmar Mariano pode desencadear surgimento de terceira via na disputa por Aparecida

A decisão do governador Ronaldo Caiado (União Brasil) – e deu seu staff – pela substituição do nome do atual prefeito de Aparecida, Vilmar Mariano (União Brasil) pelo do ex-deputado federal Leandro Vilela (MDB) na corrida eleitoral de outubro pode não ter definido o jogo do pleito na cidade. 

Insatisfeitos com a troca, sob a justificativa de que Vilmar, conhecido como Vilmarzinho, não estava subindo nas pesquisas de intenções de voto entre o eleitorado aparecidense, alguns que estavam dispostos a caminhar com o atual mandatário pretendem lançar nome próprio. 

Circula em gabinetes, a portas fechadas, casas transformadas em bunkers e mesas de restaurantes de Aparecida que ao menos dois nomes podem adentrar os corredores da briga: pelo PSB, o vereador Willian Panda (ex-PCdoB) e Glaustin da Fokus, pelo Podemos. O primeiro deles conta com a situação mais ‘encaminhada’ e aguarda, apenas, o sinal verde dos diretórios estadual e nacional da sigla. 

Atualmente, a cidade tem dois nomes considerados gigantes, pelo menos na largada inicial, o que deteriorou a ambição de Vilmar Mariano: o deputado federal Professor Alcides e Leandro Vilela. Professor Alcides vem, como dizem apoiadores indiscretos, “sem medo de perder”. Afinal, o professor já tentou o cargo de prefeito da cidade por duas vezes no passado. 

Deputado federal, abraçado à bandeira do PL – ou seja, da mais escancarada proximidade com o ex-presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso é ótimo para o parlamentar. Bolsonaro continua forte e influente entre o eleitorado. Bolsonaro é o cabo eleitoral dos sonhos em majoritárias, o que comprova o fervor de sua vinda a Goiás semana passada. 

Outro homem forte é o emedebista Leandro Vilela. Ele carrega o sobrenome que está impregnado na identidade do imaginário aparecidense: Vilela evoca o ex-governador que tornou-se prefeito de Aparecida: o Maguito. Com a política feita para dar resultados na cidade, Maguito mudou o jeito dos cidadãos locais de enxergar o poder público. Rasgou bairros com êxitos estruturantes, ergueu pontes que uniram regiões, asfaltou onde não tinha nada – e agora se desenvolve como nunca. Também de Jataí, Leandro, aparece como instrumento do MDB como a força do argumento do continuísmo. 

Embora sofresse críticas, o prefeito Vilmar Mariano também pode levar, quem os rivais, ou não, um quê de continuidade, como o fez o sucessor de Maguito, Gustavo Mendanha (MDB). Mendanha, aliás, se tornou um intelectual do jogo em Aparecida. Compreende os passos. E, como um maestro no palco que ajudou – sendo presidente da Câmara de Aparecida na época de Maguito prefeito – construir. Afinal, para quem entende de política, é possível compreender os resultados de uma boa equipe na gestão e, por conseguinte, o apoio da Câmara Municipal. 

E, agora, o novo prefeito de Aparecida vai ter um instrumento imponente a enfrentar: o prédio do legislativo foi inaugurado na noite da última segunda-feira. E ficará ali perto da sede do Executivo, à espreita do próximo prefeito.

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