Rede X é área livre para homofobia, misoginia e nazismo – 20/02/2025 – Cozinha Bruta


O futuro não é promissor, acho que todos já percebemos.

Os Estados Unidos –e, por consequência, o mundo– tornaram-se reféns de dois vilões caricatos de histórias em quadrinhos. É como se o Coringa e Lex Luthor unissem forças para dominar um universo em que não há super-heróis.

Nos mesmos Estados Unidos, o preço dos ovos disparou por causa da epidemia de gripe aviária –que está a um cacarejo de distância de se espalhar para os humanos e produzir uma nova pandemia.

O que os americanos fazem? Trazem galinhas para dentro de casa para não pagar pelos ovos superfaturados. Muito esperto.

Não tem como ter esperança na nossa espécie. E o meteoro mais próximo chega só em 2032, com míseros 3,1% de chance de sucesso.

Quanto mais fundo se cava, pior fica.

Masoquista que sou, vou escarafunchar as cavernas trevosas do X, a rede social de Luthor, perdão, Elon Musk. Mantenho minha conta apenas para espiar, não posto nem interajo mais com ninguém.

O descenso ao inferno começa quando topo com a resposta de alguém que sigo à seguinte publicação: “Homem de verdade não cozinha”.

Como diria Didi Mocó: “Cuma?”

Abro as portas do inferno, o perfil em questão. Sobre a cozinha, ele desenvolve o seguinte argumento:

“A cozinha é a porta de entrada pra homoafetividade. O homem começa cozinhando, mas progride pra coisas cada vez mais femininas, como lavar louça e varrer a casa. Isso acaba com a sua energia masculina. Quando menos se espera você está usando maquiagem e sendo homossexual”.

Rolando para baixo, constato que o sujeito não tem o menor constrangimento em propagar discurso misógino, eugenista, racista e abertamente nazista. Conteúdo dele mesmo e de outros alegres nazis no playground do tio Musk.

Subo para respirar e passo algum tempo sem mexer com isso. Aí acordo de manhã e leio sobre o formando gaúcho que apareceu na colação de grau com uma suástica pintada no rosto. Será que eu deixei aberta a porta do inferno?

Pelo jeito deixei, pois esta canícula promete ser o verão mais fresco do resto das nossas vidas.

Então tomem uma receita fresquinha (o Hitler incel caboclo do X vai amar): patlican salatasi, salada turca de berinjela.

PATLICAN SALATASI

Rendimento: 4 porções

Dificuldade: fácil

Tempo de preparo: 40 a 60 minutos

Ingredientes

1 berinjela grande (ou 2 pequenas)

2 pimentas americanas

¼ de cebola fatiada fina

2 tomates maduros, sem sementes, picados

1 dente de alho triturado

50 ml de azeite de oliva

1 colher (sopa) de suco de limão-siciliano

1 colher (chá) de sumagre (sumac, à venda em lojas árabes)

1 colher (chá) de sal

1 colher (chá) de salsinha picada

Modo de fazer

1. Asse a berinjela e as pimentas na brasa, na chama do fogão, no forno ou na air fryer. Quando a pele dos vegetais estiver toda queimada, reserve-os num recipiente fechado. O vapor vai facilitar a remoção da casca.

2. Numa tigela, misture os ingredientes restantes.

3. Quando a berinjela e as pimentas estiverem frias, remova a pele da berinjela e as sementes das pimentas. Pique e misture aos outros ingredientes. Sirva à temperatura ambiente, com pão.


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