O “Ultra” Samsung esqueceu o mais importante no clone do Apple Watch

O Galaxy Watch Ultra: O concorrente do Apple Watch Ultra

O mercado de smartwatches está em constante evolução, e a Samsung não ficou para trás com o lançamento do Galaxy Watch Ultra. Este novo modelo segue os passos do Apple Watch Ultra, adotando um visual diferente com seu display circular, mas trazendo muitas atualizações inspiradas (ou até mesmo copiadas) do relógio carro-chefe da Apple. No entanto, uma questão importante surge: por que a Samsung não pegou emprestado os controles de outros relógios de alta performance como os da Apple ou da Garmin?

Em uma análise anterior do Apple Watch Ultra 2 intitulada “Sua vez, Samsung”, apontei a necessidade de um smartwatch focado em condicionamento físico para atender atletas que buscam maior duração de bateria e desempenho aprimorado no Wear OS. O Galaxy Watch Ultra promete entregar exatamente isso, com o destaque para sua durabilidade em ambientes extremos, sirene de emergência, tela brilhante de 3.000 nits e uma autonomia de bateria estendida em relação ao concorrente da Apple.

No entanto, uma falha chama a atenção: a ausência de uma moldura giratória física, uma coroa ou botões dedicados para facilitar a navegação durante atividades físicas. Enquanto deslizar na tela sensível ao toque funciona bem em condições normais, durante exercícios mais intensos como corridas, caminhadas ou pedaladas, a interação com a tela pode se tornar impraticável devido ao suor e movimentação constante.

A decisão da Samsung de não incluir uma moldura física pode ser compreensível, considerando a preocupação com o peso do dispositivo. Contudo, a falta de uma coroa ou botões adicionais para controles mais precisos durante os treinos pode ser um ponto negativo para atletas que valorizam a praticidade e rapidez de navegação.

Marcas de relógios fitness como COROS, Amazfit, TicWatch e Garmin adotam coroas ou botões físicos para proporcionar uma experiência de uso mais eficiente durante atividades físicas. A opção da Samsung por uma abordagem puramente touchscreen pode desapontar esse público-alvo, que busca controles mais confiáveis e acessíveis durante os treinos.


Embora o Galaxy Watch Ultra ofereça recursos avançados e desempenho de alta qualidade, a decisão de não incluir controles físicos dedicados para atletas pode ser um obstáculo para muitos usuários. Com opções no mercado como o Galaxy Watch 7, que oferece GPS de banda dupla, pulseiras esportivas e uma tela de 1,5 polegadas por um preço mais acessível, alguns consumidores podem optar por essa alternativa e abrir mão das vantagens do Galaxy Watch Ultra.

Em resumo, o Galaxy Watch Ultra é uma adição interessante ao mercado de smartwatches, trazendo inovações inspiradas em concorrentes de renome. No entanto, a falta de controles físicos específicos para atletas pode limitar sua aceitação entre os usuários mais exigentes nesse segmento. Resta aguardar o feedback dos consumidores e testes práticos para avaliar o impacto dessa decisão no desempenho e usabilidade do dispositivo.

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