Evento com 7 mil pastores atrai direita e esquerda para palanque em SP


Ferreira disse que Nunes se comprometeu a sancionar projeto que quer mudar nome de viaduto para bispa Keila Ferreira. A proposta foi apresentada pelo vereador João Jorge (MDB), membro da Assembleia de Deus do Brás, que diz enxergar como uma “justa homenagem” —a líder religiosa morreu em fevereiro deste ano. O viaduto alterado é o da Mooca, na zona leste. Procurado, o prefeito afirmou ao UOL que caso a Câmara aprove, “não tenho porque vetar”.

Ao discursar, o prefeito disse ser “amigo do povo evangélico” e que defende os cristãos desde sua atuação como vereador. Nunes afirmou que ele e outros vereadores “ficavam o tempo todo vigiando” para nenhuma lei atrapalhasse o trabalho das igrejas ou a construção da família.

Políticos de direita são conhecidos antigos da igreja. Nos últimos anos, dentro ou fora de campanhas eleitorais, Ferreira cedeu espaços nos cultos para que eles falassem com os fiéis. Em 2022, a candidatura de Jair Bolsonaro (PL) foi defendida sem nenhum filtro. Após o primeiro turno, o ex-presidente visitou a unidade com a ex-primeira-dama Michelle (PL), essa sim evangélica. Nunes participou de atividade na Assembleia de Deus no ano passado, quando buscava à reeleição —ontem, o bispo se definiu como “coronel eleitoral” do prefeito.

Quem voltou a dar as caras na unidade do Brás, na zona leste de São Paulo, foram representantes do governo federal. Essa foi a primeira vez, desde o início do terceiro governo Lula, que os assembleianos viram e ouviram ministros do petista. Alexandre Padilha (Saúde) e Jorge Messias (Advocacia-Geral da União) tiveram uma recepção tímida, mas harmoniosa. Ficaram por quase uma hora no templo, receberam oração e discursaram.

Ao lado do Zé Gotinha, Padilha pregou a favor da vacina e pediu que a igreja continue “ajudando a defender a vida”. A ação com personagem símbolo da vacinação no país será repetida, segundo o ministro da Saúde, em outros templos e com outras religiões. “Faço questão de procurar todos os espaços que a gente puder para falar sobre a vacina”, disse à imprensa após o evento.

Messias, evangélico da igreja Batista, discursou por quase 20 minutos e chegou a puxar coro para louvores tradicionais. O ministro da AGU falou da conversão dele e de sua mãe, e advertiu pais que têm trocado a “escola bíblica pelo celular”. “É na infância que nós ganhamos o coração dos nossos filhos para Jesus, não desistam, não terceirizem a educação dos seus filhos a ninguém, a obrigação é nossa”, disse.





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