Sílvio Santos não morreu

Eu era criança quando ouvi da minha querida mãe, in memoriam, a seguinte frase que faria muito sentido anos depois: – quando esse homem morrer, o Brasil vai parar. E não é que foi mesmo?

Durante o último fim de semana o país parou, mesmo que por alguns segundos ou minutos, para assistir pela TV ou nas redes sociais, a partida de Silvio Santos.

No domingo, dia da semana em que o apresentador alegrava o brasileiro, famílias lamentavam a sua morte, dando ao SBT, a liderança de audiência em vários horários com justas homenagens ao seu fundador.

O dono do Baú, em vida, não se fez popular. ’ Ele era assim, do povo, popular na essência. “Sílvio era de verdade, e quando as pessoas são de verdade os outros compram”, disse Rodrigo Faro, em depoimento.

Sílvio Santos era sensível, grato, leal, comprometido e um comunicador apaixonado pelas pessoas e pela profissão. Será mesmo que ele morreu? O Senor Abravanel, sim, já está sepultado. Mas o eterno Sílvio Santos, o personagem, ah, esse vai demorar para cair no esquecimento.

Sabe por quê?

Ele tinha, entre outras habilidades, requisitos únicos da comunicação como: carisma, espontaneidade, humor, clareza, simplicidade, voz marcante e uma personalidade encantadora. Mesmo com inúmeras imitações em vários estados Brasileiros, a voz de Sílvio era própria e soava como melodia aos ouvidos.

A cada vez que o ‘Sílvio Santos vem aí’, era a garantia de uma mensagem próxima, íntima e autêntica com o seu público. Era impossível não dar umas boas gargalhadas com ele através da televisão.

O SS não morreu, até porque, vai custar para alguém conquistar tanta confiança de uma nação como ele. O legado de Silvio jamais morrerá, assim como a aula que nos deixou sobre como comunicar para e com as pessoas – independente de camada, credo ou situação social.

As próximas gerações saberão quem é Silvio Santos, se a sociedade conseguir manter vivos a personalidade, o caráter e os valores daquele que além de ícone, foi um grande ser humano.

Sorte a nossa, da geração millenials, ter vivido na era “Olê! Olê! Olá!
Silvio Santos vem aí! Até o programa acabar”.

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