300 usuários do Centro de Saúde de Coqueiros aguardam exames de colonoscopia.

Em certos casos, o agendamento está previsto só daqui a sete anos, ou seja, para setembro de 2031.

Embora de extrema importância para prevenir e diagnosticar o câncer colorretal, que engloba tumores de intestino (cólon) e reto, a colonoscopia já engrossa a fila de espera de exames no Centro de Saúde de Coqueiros.

Cerca de 300 usuários aguardam a data ser marcada pelo departamento de Regulação da Secretaria de Saúde da Prefeitura de Florianópolis. Número esse contabilizado apenas em Coqueiros, fora a lista das demais unidades existentes na Ilha e no Continente. Ao todo, somam 52, sem contar as policlínicas.

 “A demanda sempre será maior do que a oferta”, justifica um dos servidores do centro de saúde que prefere não se identificar, ao lembrar que os médicos, hoje, solicitam exames mais complexos para fazer um diagnóstico preciso.

Como exemplo da demora, cabe destacar que a previsão de muitos agendamentos para exames de colonoscopia chega à espera absurda de um período de sete anos, ou seja, para setembro de 2031, conforme abaixo (paciente prefere não se identificar).  

SAIBA MAIS

O câncer colorretal é um dos cinco tipos mais comuns entre homens e mulheres no Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). No geral, quando detectado precocemente seu prognóstico é bom, com chances de cura que podem chegar a 95%.

Em alguns casos em que o tumor é muito inicial, há chances, inclusive, de o paciente não precisar realizar tratamentos adjuvantes desgastantes tais como quimioterapia ou radioterapia.

E a colonoscopia é o único exame, juntamente com o Papanicolaou (para câncer de colo uterino), que, além de diagnosticar o câncer, pode preveni-lo, preconizam os médicos oncologistas. Para tanto, é recomendado para mulheres e homens a partir dos 50 anos.

“A colonoscopia permite que se possa detectar a existência de pólipos que futuramente poderão dar origem a um tumor. Retirando-se o pólipo, exclui-se também a chance de um câncer crescer ali naquele local”, afirma o oncologista clínico, René Gansl.

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