Futuriza, de Joinville, recebe aporte da Antler para expansão e planeja atuação internacional

Startup fundada por Diogo Maximo e Felipe Corrêa da Silva (foto) desenvolve ferramentas para prototipagem, conversão e visualização de roupas em 3D e já atende empresas como Hering e Farm. / Crédito: Divulgação


[JOINVILLE, 27.08.2024]
Redação SC Inova, [email protected] 

​​A startup catarinense Futuriza, de Joinville, é uma das oito selecionadas pelo fundo global de venture capital Antler para receber um investimento de US$ 125 mil, parte do quarto ciclo de investimentos da empresa no Brasil. A rodada, que totaliza US$ 1 milhão (R$ 5,2 milhões), destinou recursos para negócios que foram concebidos ou desenvolvidos durante o período de março a junho de 2024.

A Futuriza desenvolve ferramentas para prototipagem, conversão e visualização de roupas em 3D, além da geração automática de fotos e vídeos com IA e conta também com um provador virtual com tecnologia de realidade aumentada. Tudo começou em um hackaton do Grupo SOMA, a partir do propósito de facilitar a comunicação entre empresas e fornecedores na fase de protótipo das peças.

A empresa, que opera no segmento B2B e já atende empresas como Hering e Farm, foi criada a partir da experiência dos fundadores – Felipe Corrêa da Silva e Diogo Maximo – em diferentes setores. Silva, um empreendedor de segunda viagem, anteriormente vendeu sua startup Convenix para o Grupo Senior, enquanto Maximo, ex-funcionário do Grupo SOMA, trouxe sua experiência em tecnologia para o desenvolvimento do produto. 

Com o investimento da Antler, a Futuriza quer acelerar o desenvolvimento de sua plataforma, que utiliza inteligência artificial, e expandir suas operações para mercados internacionais. A startup pretende automatizar o processo de criação de itens pelos clientes, além de abrir portas para parcerias com marcas fora do Brasil. Há duas semanas, durante o Startup Summit, a Futuriza recebeu um prêmio de R$ 80 mil do programa Acelera Startup SC, promovido por Fapesc e Sebrae SC. 

Para a quarta edição de seu programa de residência, a Antler recebeu 2 mil inscrições e selecionou 79 empreendedores para participar de workshops e mentorias ao longo de 10 semanas. Durante o programa, 34 startups foram fundadas e 12 delas foram convidadas a apresentar seus pitches ao comitê de investimentos, culminando na escolha das oito que  receberam o aporte. 

Em entrevista à PEGN, a sócia-fundadora da Antler Brasil, Carolina Strobel, afirma que o momento do venture capital do Brasil, após o “inverno das startups” e da migração de recursos para investimentos de menor risco, faz com que as empresas demorem mais tempo para levantar uma rodada. “Temos menos liquidez e valuations mais baixos. As startups precisam monetizar para sobreviver”, resume.  

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