Os desafios na produção de fertilizantes no Brasil

O Brasil, apesar de depender fortemente de importações, conta com duas empresas que produzem fertilizantes nitrogenados internamente. Entretanto, a produção nacional não é suficiente para atender à demanda do mercado. A Yara, a maior produtora de fertilizantes nitrogenados do mundo, possui uma unidade em Cubatão, São Paulo, onde produz cerca de 416 mil toneladas de nitrato de amônio anualmente.  

A Yara também anunciou planos para iniciar a produção de amônia verde no segundo semestre de 2024, posicionando o Brasil como o primeiro país a produzir amônia verde em escala comercial, superando os países europeus, onde a sede da empresa está localizada.  A Unigel, com sede no Brasil, foca na produção de ureia, sulfato de amônio e amônia, mas enfrentou um período de inviabilidade econômica ao longo de 2023. Isso levou à paralisação da produção em suas duas unidades, localizadas em Sergipe e na Bahia. Os altos preços do gás natural fornecido pela Petrobras foram o principal fator que contribuiu para essa inviabilidade produtiva. No que diz respeito à produção nacional de fertilizantes fosfatados e rocha fosfática, o ano de 2023 foi repleto de desafios, mas 2024 começou com novidades promissoras. A Eurochem, uma importante produtora global de fertilizantes, inaugurou sua unidade em Serra do Salitre, Minas Gerais. Inicialmente focado na produção de concentrado fosfático, o complexo agora visa produzir fertilizantes fosfatados finalizados, com a expectativa de produzir 1 milhão de toneladas de fertilizantes fosfatados por ano, podendo representar até 15% da produção nacional do insumo.  

A empresa concluiu a produção do primeiro volume de MAP, com cerca de 1,2 mil toneladas.  Em relação ao potássio, de acordo com dados do Serviço Geológico dos Estados Unidos, as reservas brasileiras estão concentradas no Amazonas e em Sergipe, totalizando 2,3 milhões de toneladas, o que coloca o Brasil como o 12º maior estoque global. No entanto, apesar dessa reserva significativa, o país ainda precisa importar o mineral para atender à demanda brasileira.  

Fonte: GlobalFert 

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