Utilização e Tipos de Dinâmicas de Grupo

Onde Podem Ser Utilizadas as Dinâmicas de Grupo? Como se Classificam? Quais as Principais Qualificações do Facilitador de Grupos? O Que é Sociometria? 

Qualquer profissional que lide com pessoas deve entender os fenômenos de grupos, a fim de construir boas equipes e administrar o que possa vir acontecer com esse grupo. No mundo moderno a maioria das pessoas vive sob fortes emoções, sentimentos, desejos e, muitas vezes, elas não têm consciência de que tudo isso faz parte do seu cotidiano.

São variáveis que atuam no comportamento das pessoas dentro ou fora do trabalho e, ao saber disso, é importante que conheçamos as razões que nos levam a agir dessa ou daquela forma. Nossa obrigação – como gestores e/ou professores – é a de compreender todos esses fenômenos, uma vez que lidamos com seres humanos todos os dias em casa, na rua ou no trabalho.

Atualmente, as Dinâmicas de Grupo são muito utilizadas nas empresas, escolas e outras instituições. Nas empresas, utiliza-se Dinâmicas de Grupo para a seleção de pessoal, treinamento e também no desenvolvimento de pessoas, podendo ser usada também em processos de integração de novos funcionários e avaliação de desempenho.

Nos processos de seleção de pessoal essa ferramenta ajuda no processo de escolha de candidatos e, nos treinamentos, ela ajuda a modificar atitudes e comportamentos no que se refere a aprender. Ela também visa a direcionar esforços para aperfeiçoar os participantes em ações eficazes.

Classificação das Dinâmicas de Grupos

1) Dinâmicas de Apresentação: Utiliza-se para a apresentação e imediato conhecimento das pessoas em um grupo

2)  Dinâmicas de Integração e Conhecimento: Voltadas para os grupos já iniciados, objetivando maior entrosamento entre as pessoas, “quebra-gelo” e aprofundamento do conhecimento inicial.

3) Dinâmicas de Recreação: Podem ser utilizadas em intervalos de eventos, aniversários ou, cursos, puramente para descontração.

4) Dinâmicas de Aprendizagem: São alguns tipos de exercícios e técnicas para estimular o raciocínio, percepção e também fixar o conteúdo estudado.

5) Histórias, Fábulas e Textos Para Reflexão: Utiliza-se na abertura de eventos (reuniões, palestras, cursos e congressos) ou para ilustrações, visando enriquecer algum tema que está sendo abordado.

Quem Vai Orientar a Dinâmica?

É fundamental que o facilitador conheça todos os passos da Dinâmica de Grupo a fim de aplicá-la com segurança, tendo a certeza de onde quer chegar, conhecendo os objetivos e a função dentro do processo a ser desenvolvido e entendê-lo como um instrumento. Além disso, ele deverá proporcionar um clima de espontaneidade onde os participantes se sintam livres e à vontade para partilharem suas experiências.

O facilitador deverá perceber o nível de relações e entendimentos do grupo, pois nem toda dinâmica se adapta bem a qualquer grupo. Ela pode ser um instrumento enriquecedor se for bem utilizada e se o grupo tiver condições de vivenciá-la. Além disso, ele deve observar as expressões corporais – sobretudo as faciais – dos participantes no decorrer da dinâmica, a fim de valorizar os sentimentos e as reações de cada um.

Qualquer que seja o resultado alcançado por uma dinâmica, ele é o objeto da reflexão e da aprendizagem, pois as Dinâmicas de Grupo não têm resultado errado. Elas podem ser adaptadas de acordo com a realidade e o tamanho do grupo e, acima de tudo, o facilitador não deve esquecer de que a preparação já é uma dinâmica a ser refletida e avaliada.

Algumas Particularidades Sobre Grupos e Indivíduos

Alguns estudiosos afirmam que um grupo é um espaço onde os indivíduos se apoiam e o seu comportamento será estável ou não, dependendo da relação entre eles. Diz-se que em grupos com muita participação dos seus membros, existe certa estabilidade e, ao contrário, muita instabilidade.

Para alguns, um grupo é um instrumento que os indivíduos aprendem a usar a fim de satisfazer suas necessidades de status, sociais ou familiares. Um grupo é um organismo vivo e qualquer mudança ocorrida afetará o indivíduo, pois se o grupo se sentir ameaçado, o indivíduo também se sentirá dessa forma.

Quando as pessoas ingressam em grupos já consolidados elas trazem consigo sua personalidade e, consequentemente, acabam repetindo seu comportamento. E, ao ingressar em grupos já consolidados, muitos indivíduos identificam imediatamente a “estrutura do poder”; ou seja, quem tem o poder sobre quem, e a “estrutura do trabalho” – quem trabalha para quem.

Estudos apontam que, após algum tempo de convivência grupal, percebe-se os papéis que alguns indivíduos representam como o “agressivo”, o “colaborador”, o “resmungão”, o “sonolento” ou o “falante”. Diante disso, surge a Sociometria – estudo da estrutura interna dos grupos – que servirá para medir e identificar – através de testes sociométricos – aspectos como a interação das pessoas, afinidades ou rejeições entre os membros e as lideranças internas de subgrupos.

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