Projeto sobre aborto atinge 3,1 milhões de acessos no site da Câmara

Até agora, houve 776.939 votos na enquete da proposta, no site da Câmara.

Um projeto sobre aborto causou alvoroço na Câmara dos Deputados, nas redes sociais, mas também no site da Casa.

O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) é o responsável pelo Projeto de Lei 1904/24.

Além de Sóstenes, outros 32 parlamentares deram andamento à discussão polêmica que já atingiu 3,1 milhões de visualizações e 780 mil interações em apenas dois dias.

A polêmica ocorreu quando o texto, que equipara ao homicídio o aborto de gestação acima de 22 semanas, ganhou destaque nas redes sociais.

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Até agora, a Câmara registrou 776.939 votos na enquete da proposta, no site da Câmara acerca do projeto sobre o aborto. A grande maioria (88%) declarou que “discorda totalmente” da proposta.

Na quinta-feira (13), em razão do alto número de acessos simultâneos, a página de enquete retornou mensagem de erro para 4% dos usuários, mas a Câmara corrigiu o problema.

O projeto tramita em regime de urgência e os deputados devem votar no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (12) o regime de urgência para o Projeto de Lei 1904/24, do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e outros 32 parlamentares, que equipara o aborto de gestação acima de 22 semanas ao homicídio. Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no Plenário, sem passar antes pelas comissões da Câmara.

O autor do requerimento de urgência e coordenador da Frente Parlamentar Evangélica, deputado Eli Borges (PL-TO), defendeu a aprovação. “Basta buscar a Organização Mundial da Saúde (OMS), [a partir de 22 semanas] é assassinato de criança literalmente, porque esse feto está em plenas condições de viver fora do útero da mãe”, afirmou.

Já a deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP) criticou a aprovação que, segundo ela, criminaliza crianças e adolescentes vítimas de estupro. Ela afirmou que mais de 60% das vítimas de violência sexual têm menos de 14 anos. “Criança não é mãe, e estuprador não é pai”, disse.

Segundo Sâmia Bomfim, uma menina estuprada ficaria presa por 20 anos enquanto o estuprador ficaria atrás das grades por 8 anos. “As baterias dos parlamentares estão voltadas para essa menina, retirá-la da condição de vítima para colocá-la no banco dos réus”, declarou.

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