Evento “Ninho de Cobra” celebra a cultura LGBT+ Amazônica

O mês de junho é um mês dedicado a celebração da cultura e resistência da comunidade LGBT+ em todo o mundo. Em Belém, a arte de pessoas trans e não-binaries ganhará as ruas da cidade. O projeto “Ninho de Cobra”, aprovado pela Lei Paulo Gustavo em Teatro e com o apoio da Fundação Cultural do Município de Belém (FUMBEL), realiza uma amostra cênica em Belém. “Ninho de Cobra”, é inspirada no imaginário da cobra grande e na riqueza da cultura amazônica e que tem como elemento principal de cena, a cobra construída coletivamente durante as oficinas realizadas na primeira parte do projeto.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Lei contra homofobia completa 5 anos com lacuna de dadosLatam terá que indenizar trans impedido de viajar para BelémAlém disso, em sua programação, haverá o slam de poesia “Cobras na cidade” e a ballroom “Boiúna ball”, propondo a junção de elementos do imaginário e contos nortistas com as manifestações artísticas da periferia. O evento será realizado neste domingo (16), na Praça Benedito Monteiro, no bairro do Guamá, a partir das 16h e terá Htadhirua como apresentadora.Quer mais notícias de queer? Acesse nosso canal no WhatsAppProgramaçãoO evento iniciará com o Slam de poesia “Cobras na cidade” e a inscrição ficará aberta das das 16h às 16h30. As poesias devem ter até 3 minutos e estar dentro do tema proposto, elas serão passadas aos tradutores de libras, logo, os inscritos deverão estar presentes antes do início das apresentações . Os três primeiros colocados serão premiados, o primeiro lugar receberá o valor de R$ 150,00, o segundo R$ 100,00, e o terceiro R$ 50,00.Já a Ballroom, não terá inscrição prévia, os participantes deverão se apresentar após o anúncio de cada uma das cinco categorias, são elas:Run way femme quemm (categoria para transfems)Drama quenn: o drama da cobra encantada (categoria aberta)Face: Nbbys (categoria para pessoas não-binaries)Baby vogue (categoria aberta)Realness: Trancetas amazoniques (categoria para transmascs)Cada categoria terá um prêmio no valor de R$ 50,00 para o primeiro colocado. O dress code (vestimenta) da Ball será: seja a cobra grande e/ou tons terrosos, marrom e verde. A ball trará como chant a Coytada (mother da haus of Carão), Ju Bentes (father da haus of Carão) como DJ e terá Anastácia Marshelly e Nia 007 como jurades.O projeto conta com a liderança e gestão de Lino Calixto, um artista-fusão amazônico, especialista em gestão cultural (pelo Itaú Cultural) e produtor cultural (pela SIM!Cultura). Como apoio conceitual, está Wellington Romário, popularmente conhecide como Byxa do Mato, que é artista, pesquisadore, curadore e desenvolvedore de estudos e trabalhos que imbricam aspectos do cotidiano periférico e relações íntimas. A produção ficou nas mãos de Anastácia Marshelly, que é Bailarina, coreógrafa, trancista, dreadmaker e artivista de movimentos culturais, como performer desde os 12 anos de idade na cena paraense, vem desenvolvendo seus trabalhos pautando acerca do racismo, machismo, lgbtfobia e demais querelas sociais que atravessa sua vivência como travesti preta da periferia.Além disso, o quadro da equipe possui Hta Shamaxy como preparadora corporal, Lua Almeida como fotógrafa e social media, Nantu Oliveira na comunicação e social media, Luezley Sol como designer, Tukum como consultor de acessibilidade, Rafaela Kenedy na direção de fotografia e Paprep Mywayj como editor de vídeo.Oficina “O despertar da Cobra”Nas tardes dos dias 26, 27 e 28 de Abril, ocorreu a oficina de criação cênica “O despertar da cobra”, que propôs, com a colaboração de de sete oficineiros experientes, a construção da serpente que será utilizada na apresentação final do projeto. Durante o evento foi montado coletivamente o corpo, rabo e cabeça da cobra que, inteira possui 8 metros de comprimento, a partir de materiais sustentáveis. Além das habilidades adquiridas, os participantes puderam aprender mais sobre a lenda da cobra grande através de palestras e músicas, ademais, também foi oferecido lanche e transporte aos presentes.A programação foi elaborada, majoritariamente, por pessoas trans e racializadas e tem como objetivo movimentar a cena cultural e empregabilidade LGBTQIA + e periférica, e também celebrar as tradições, ancestralidade e imaginário nortista.
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