Marabá recebe mostra itinerante da Bienal das Amazônias

A Bienal das Amazônias vai chegar à cidade de Marabá, no sudeste do Pará. Do próximo sábado (22) a 17 de agosto, o Sesc Marabá inaugura a itinerância do projeto com um recorte expositivo da primeira edição, que ocorreu em Belém de agosto a novembro de 2023, com trabalhos de 123 artistas da Amazônia brasileira dos oito países da pan Amazônia e da Guiana Francesa.O vernissage (pré-lançamento da exposição de arte) será na sexta-feira (21), às 19 horas, com a presença de artistas, autoridades, imprensa e influenciadores locais. A presidente do Centro Cultural Bienal das Amazônias (CCBA), Lívia Condurú, ressalta que Marabá é uma cidade emblemática. Por isso, afirma ela, abre a itinerância 2024.“Marabá é uma cidade de grande valor histórico e cultural para a Amazônia brasileira, porta de entrada para muitos migrantes de outras regiões do país, para além de ser terra escolhida por importantes artistas amazônidas para residirem e produzirem”, diz.

CONTEÚDO RELACIONADO:Exposição “Caboclo da Amazônia” chega ao sudeste do EstadoMarabá recebe exposição no Museu Francisco CoelhoExposição retrata meio ambiente e cotidiano de trabalhadoresA Bienal das Amazônias assumiu o protagonismo do cenário artístico/cultural das Amazônias no ano de 2023, destaca Vânia Leal, diretora de Projetos Especiais da Bienal. Para ela, a itinerância tem uma importância social: levar o acervo das Amazônias brasileira e internacional para os artistas e o público de diferentes regiões amazônicas.Entre dificuldades e desafios, Vânia Leal ressaltou que a diretoria da Bienal não mediu esforços para compartilhar a exposição. “Quando a gente pensou na itinerância, a gente sabia que ia enfrentar vias de deslocamento. Porque, de fato, se deslocar na Amazônia exige um esforço coletivo. Para Macapá, por exemplo, onde só se chega de barco e avião, as obras vão de avião. A dificuldade existe, mas é preciso comungar um evento de tamanha importância, compartilhar esse momento com os outros Estados da região Norte”, assinala.Vânia aponta outra questão significativa: “O nosso partido curatorial, que é ‘Bubuia: águas como fonte de imaginações e desejos’, perpassa as águas como poética que nos inspirou. Em cada cidade, o texto da itinerância vai tomar partido dos rios locais. Em Marabá, a gente se depara com o Tocantins e o Itacaiúnas, que formam um ipsilone no seio da cidade. Quem está no local vai se identificar com essas bubuias que vão navegar por esses lugares”.Keyna Eleison, diretora de Conteúdo e Pesquisa, destaca a importância de levar a Bienal para uma cidade-polo do sudeste do Pará. “Estamos começando por Marabá este movimento de itinerar. A minha expectativa é de que haja uma boa recepção, que a gente consiga levar um pedacinho do que foi essa alegria de ter feito a Bienal das Amazônias em Belém. Que, por meio da itinerância, a Bienal das Amazônias faça ainda mais sentido. Estamos levando um recorte muito pensado, afetuoso, em relação a tudo o que pensamos e vivemos na Bienal em Belém”, diz.PROGRAMAÇÃONo sábado (22), também no Sesc Marabá, terá a primeira ação pedagógica da temporada reúne, em uma mesa-redonda, a curadora Vânia Leal e os artistas locais Marcone Moreira, Armando Queiroz e Jairon Gomes, das 9 às 12 horas. O tema será: “Tocantins e Itacaiúnas: encontro cósmico de rios”.O coordenador pedagógico da Bienal, Emerson Caldas, explica que, durante a passagem por Marabá, mediadores vão receber o público visitante para apresentar os trabalhos sob a ótica da interatividade. Também será possível agendar visitação de grupos de escolas, ONGs e universidades.

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