Preços de carnes e alimentos elevam inflação de outubro

Os preços das carnes no Brasil avançaram 5,81% em outubro, em relação ao mês anterior, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O aumento teve grande impacto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a referência oficial para a inflação no país. A alta das carnes foi o principal fator de pressão no grupo de Alimentação e bebidas, que registrou um crescimento de 1,06% no último mês.

No grupo das carnes, destacaram-se cortes como o acém, que aumentou 9,09%, seguido pela costela, com alta de 7,40%. O contrafilé teve elevação de 6,07%, enquanto a alcatra subiu 5,79%. Esse movimento impactou em 0,14 ponto percentual o índice geral do IPCA em outubro. André Almeira, diretor da pesquisa do IBGE, explica que o aumento nos preços das carnes está relacionado à menor oferta, influenciada pelo clima seco e pela redução de abates, além do volume elevado de exportações.

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Outros produtos também registraram aumento de preço em outubro. O tomate subiu 9,82%, e o café moído ficou 4,01% mais caro. Em contrapartida, houve queda nos preços da manga (-17,97%), do mamão (-17,83%) e da cebola (-16,04%).

A inflação de outubro subiu 0,56%, uma alta de 0,12 ponto percentual em relação ao mês anterior. Nos últimos 12 meses, a inflação acumulada alcança 4,76%, ultrapassando em 0,26 ponto percentual o teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,5%.

Economistas projetam que a inflação continue em alta até o fim de 2024, com expectativa de alcançar 4,59%, conforme o mais recente relatório Focus do Banco Central. A meta anual de inflação para o país é de 3%, com margem de variação entre 1,5% e 4,5%.

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