O que se sabe sobre caso de açaí envenenado que matou duas crianças no RJ

Em outubro, dois meninos, Ythallo Raphael Tobias Rosa, 6 anos, e Benjamim Rodrigues Ribeiro, 7, morreram após ingerirem um açaí envenenado no bairro Cavalcanti, na zona norte do Rio de Janeiro. Ythallo chegou à UPA de Del Castilho, sofreu uma parada cardiorrespiratória e faleceu em 1º de outubro. Benjamim também foi levado para a UPA e transferido para o Hospital Miguel Couto, onde foi constatada a morte cerebral em 9 de outubro.

O principal suspeito, Rafael da Rocha Furtado, ex-marido da mãe de Benjamim, se entregou à polícia em 12 de outubro. Ele foi acusado de envenenar as crianças. Segundo investigações, Rafael buscou Benjamim na escola e lhe ofereceu o açaí. No caminho para casa, Benjamim dividiu a bebida com Ythallo.

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A perícia do Instituto Médico Legal (IML) revelou que as crianças consumiram chumbinho. Amostras de sangue e conteúdo estomacal indicaram a presença de terbufós, substância encontrada em venenos. O laudo preliminar no corpo de Ythallo identificou grânulos de cor amarronzada na traqueia e no estômago, confirmando a presença de chumbinho.

A princípio, a polícia suspeitou que as crianças tivessem sido envenenadas com bombons. Um primo de Ythallo, de 12 anos, afirmou que também foi abordado por uma mulher oferecendo doces, mas não aceitou. No entanto, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) não encontrou evidências dessa mulher.

A Polícia Civil continua investigando o caso, registrado na 44ª DP (Inhaúma). Rafael foi indiciado por homicídio qualificado, conforme a Lei Henry Borel. O mandado de prisão temporária foi cumprido contra ele.

A polícia segue com as investigações e o caso está sendo acompanhado pela Delegacia de Homicídios.

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