COP29 busca acordo de US$ 1 trilhão para apoiar países em desenvolvimento

Na COP29, que ocorre em Baku, no Azerbaijão, as negociações climáticas estão focadas em definir um novo compromisso financeiro de US$ 1 trilhão anual para apoiar países em desenvolvimento. Economistas presentes afirmam que essa quantia é o mínimo necessário até o fim da década para que esses países possam enfrentar as mudanças climáticas. Apesar do consenso sobre a urgência da questão, os avanços rumo a um acordo definitivo têm sido lentos, dificultados por tensões diplomáticas e ceticismo global.

A meta financeira proposta supera em muito o compromisso atual de US$ 100 bilhões por ano, que foi atingido com dois anos de atraso em 2022, segundo a OCDE. Em um relatório recente, especialistas destacaram que, sem ação imediata, o valor de ajuda poderá aumentar para US$ 1,3 trilhão por ano até 2035, dificultando ainda mais a transição para uma economia de baixo carbono.

O clima das discussões também foi impactado pela recente vitória eleitoral de Donald Trump, que trouxe incertezas sobre o envolvimento dos Estados Unidos nas negociações, acentuando o abismo entre países ricos e pobres. Yalchin Rafiyev, negociador-chefe da COP29, alertou sobre a importância de uma ação coordenada e direta para construir uma resposta climática eficaz. Em meio aos debates, os negociadores seguem trabalhando em textos preliminares, que ainda refletem uma diversidade de posições sobre a meta de financiamento, com a expectativa de simplificá-los antes da retomada das negociações para um acordo final.

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