Será que ter o melhor produto é suficiente?

Hoje eu quero lembrar um fato que, de tão óbvio, às vezes nós acabamos nos esquecendo: nem sempre o melhor produto é o que vence no mercado.

Muitas vezes vemos as empresas cuidando de todos os aspectos do produto, da qualidade, do acabamento, da embalagem, da tecnologia. Mas isso não é suficiente para o produto ter sucesso no mercado.

Outras vezes vemos produtos medianos tendo altíssima demanda e conquistando as pessoas. E fica difícil entender… Porque isso acontece?

Bom, o óbvio precisa ser dito: o fato é que a qualidade do produto é apenas um dos aspectos que é levado em consideração pelas pessoas.

Ou, como bem disse Al Ries na sua famosa frase: “O marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções”. E essas percepções são moldadas por uma série quase infinita de fatores, que se transformam a todo o momento. Até mesmo a percepção de qual é o melhor produto do mercado pode mudar, sem que os produtos necessariamente mudem…

Não é o que nós achamos que está certo. É o que o total – ou a maior parte – dos clientes percebe como melhor para a sua vida que acaba sendo escolhido. E isso faz toda a diferença no sucesso de uma marca e, consequentemente, de uma empresa.

Se o foco fica apenas no produto, deixa-se de trabalhar uma parte gigantesca do que realmente gera percepção de valor pelas pessoas. E essa percepção pode estar focada em muitos outros aspectos, como a comunicação, quem está usando, o custo X benefício e muito mais.

Para ganhar a batalha de percepções é fundamental estar atento sempre ao que as pessoas querem e realmente precisam. Os sinais podem ser mais ou menos claros, e é função de quem oferece o produto ao mercado ficar muito mais atento, e corrigir a rota sempre que notar que houve uma mudança de percepção. Os consumidores muitas vezes estão atentos a fatores que passam despercebidos por quem está olhando o produto de perto todo dia. É preciso expandir a visão, mudar a estratégia e ampliar as abordagens.

E isso não vale apenas para produtos. Vale para serviços, iniciativas, empresas, causas, profissionais e, até mesmo, para políticos.

Nem sempre o melhor vence. É fato. Para que o melhor vença, é fundamental fazer com que as pessoas percebam o que é melhor para elas, de verdade. Não é nada fácil. Mas quem consegue descobrir esse segredo consegue vencer a batalha de percepções.

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