Projeto Minha Terra Limpa é Firme busca melhorias ambientais

Com a proximidade da COP 30 em Belém, que será realizada em 2025, muitos movimentos sociais estão se reunindo para debater melhorias ambientais e metas para o futuro do planeta. Nesta quinta-feira (21), o bairro da Terra Firme, em Belém, será palco de um importante encontro para discutir questões ambientais. Moradores, políticos, empresários, ativistas, gestores públicos e pesquisadores estarão reunidos para formalizar o Comitê Permanente de Gestão de Resíduos e Direitos Ambientais, uma iniciativa comunitária que promete trazer mudanças significativas para a região.CONTEÚDOS RELACIONADOS: Central de Monitoramento Ambiental é entregue em BelémCidades do Pará receberão recursos para tratar resíduosO comitê terá como objetivo dialogar com autoridades e gestores públicos para enfrentar problemas como descarte inadequado de lixo, deficiências na coleta de resíduos, falta de educação ambiental e a poluição do rio Tucunduba, o terceiro maior da capital paraense. Também serão debatidas ações para combater alagamentos, aumentar a arborização e melhorar as condições urbanísticas do bairro.Francisco Batista, idealizador do coletivo Chalé da Paz, destaca a relevância da iniciativa. “A questão ambiental sempre foi central para a Terra Firme. Agora, estamos nos organizando para enfrentar os problemas que afetam diretamente nossa qualidade de vida”, afirmou.Diagnóstico AmbientalUm dos destaques do evento será a apresentação do Diagnóstico Ambiental da Terra Firme, um levantamento que detalha os principais desafios ambientais enfrentados pelo bairro. Realizado entre agosto e setembro, o estudo identificou que o descarte de lixo em vias públicas e no rio Tucunduba continua sendo um dos maiores problemas.”O diagnóstico não só mapeou as áreas mais críticas, mas também trouxe a percepção dos moradores sobre a gestão pública e os responsáveis pelas soluções”, explicou Jaqueline Almeida, gestora de projetos do Instituto Bem da Amazônia.O levantamento revelou ainda as desigualdades ambientais dentro do bairro, apontando quem mais sofre com esses problemas e quais áreas demandam intervenções urgentes. Segundo Thayana Araújo, coordenadora do projeto, o diagnóstico também elenca sugestões de soluções práticas, criadas com a participação da própria comunidade.Quer mais notícias do Pará? Acesse nosso canal no WhatsAppAlém da criação do comitê, o evento faz parte do projeto Minha Terra Limpa é Firme, coordenado pelo Instituto Bem da Amazônia em parceria com o Chalé da Paz e outras organizações locais. O projeto inclui uma série de oficinas formativas, abordando temas como reciclagem, memória dos rios do bairro e participação cidadã.”Quando o morador participa, ele passa a enxergar o lixo e o meio ambiente de outra forma. Educação ambiental transforma a realidade local”, afirmou José Maria, vice-coordenador do movimento Ponto de Memória da Terra Firme.Propostas para autoridades e futuro do bairroAté o final do ano, o projeto entregará um documento com propostas concretas aos governantes, resultado de debates realizados no III Seminário de Defesa da Terra Firme, em julho. Durante o evento, mais de 100 participantes sugeriram 19 ações relacionadas ao meio ambiente.O projeto é financiado pelo programa Sumamos+, que apoia iniciativas em Brasil, Equador e Guatemala. No Brasil, o Pará é o único estado contemplado, com outras cinco organizações também recebendo apoio.SERVIÇOEvento de lançamento: Diagnóstico Ambiental da Terra Firme e Comitê Permanente de Gestão de Resíduos e Direitos Ambientais do Bairro da Terra Firme.Data: 21/11/2024Hora: 19h00.Local: Escola Estadual Brigadeiro Fontenelle (Rua São Domingos, 511 – próximo à paróquia São Domingos de Gusmão).
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