Dobra número de padarias e panificadoras que se consolidam na Capital 

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas(Sebrae), divulgou que em Goiás, quase 70% da fabricação de produtos de panificação são realizados por Microempreendedores Individuais (MEIs), totalizando 69,64% das produções. O balanço que o jornal O HOJE teve acesso com exclusividade indica que das padarias e Confeitarias que possuem predominância de revenda  em Goiás 52,70% são MEIs.

A quantidade de empresas ativas com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (cnae), que possuem como prioridade a Fabricação de Produtos de Panificação em Goiás cresceu conforme apontou o Sebrae. A instituição, revelou que em 2019 existiam  1.002 estabelecimentos com prioridade na fabricação de mercadorias, em 2023 a quantidade fechou em  1.317, já em 2024 esse número passou para 1.357.

O número de Padarias e Confeitarias com Predominância de Revenda em Goiás também atingiram crescimento significativo comparado com 2019, quando o estado contava com 2.390 organizações, em 2023, o número de instituições era de  3.092, esse ano até a realização da pesquisa a concentração de negócios com foco em revenda foi de  3.167. Os dados utilizados foram extraídos do Qlik Sebrae (Data Sebrae) que são alimentados pela Receita Federal, em 05/2024.

Allysson Silva, Analista Técnico do Sebrae Goiás, explicou que as padarias e panificadoras são empresas importantes para o crescimento econômico do estado de Goiás e que influenciam na geração de empregos diretos e indiretos estimulando o desenvolvimento local. “A tendência crescente por praticidade, alimentação saudável e variedade de produtos atrativos com preços acessíveis reforça a importância desses estabelecimentos”. 

O Analista Técnico ainda declarou que além de suprirem as necessidades alimentares diárias, impactam positivamente outros setores da economia, como o fornecimento de matérias-primas, fortalecendo a economia regional e promovendo uma rede de negócios interligados que beneficia a comunidade local.

O Sebrae oferece programas de apoio ao empreendedorismo. São fornecidos recursos essenciais para a capacitação, facilitando a abertura de novos negócios. “Além disso, o empreendedorismo por necessidade leva as pessoas a buscar alternativas de renda, e o setor de alimentação tem sido o que ganhou força em número de novos negócios MEI”, afirma Allysson.

Segundo o especialista,  apostar no setor alimentício é uma estratégia positiva para o crescimento da cidade e da economia local. Ele também observou que a ampliação do portfólio para incluir quitandas, salgados, doces e refeições rápidas atende às necessidades de conveniência e variedade dos consumidores. 

Esse fator além de atrair mais clientes, aumentando o fluxo de vendas, promove o desenvolvimento econômico de bairros, ao oferecer um ponto central de compras e socialização.

Outro fato explicitado por Allysson, é que os custos operacionais elevados que incluem matérias usadas no dia a dia exigem uma gestão eficiente, pois esses gastos podem impactar as margens de lucro. “Os custos operacionais elevados, incluindo matérias-primas, energia e gás, podem impactar as margens de lucro, exigindo uma gestão eficiente”.

Estar com compatibilidade com regulamentações sanitárias e de segurança alimentar demanda investimentos contínuos em infraestrutura e treinamento de funcionários. Implementar Procedimentos Operacionais Padrão (POP) e um Manual de Boas Práticas é essencial para assegurar a qualidade e segurança dos produtos, aumentando a confiança e satisfação dos clientes, exemplificou.

O Sebrae também divulgou que em 2023, Goiânia, possui uma padaria para cada 577 habitantes. O estudo também apontou que em 2023, apenas no primeiro semestre foram abertas 265 novas padarias, todas as 265 franquias abertas foram de pequeno porte, 225 delas Microempreendedor individual e 35 microempresas. 

Em todo o estado foram abertas 1.022 padarias. Na data em que a pesquisa foi realizada, Goiás ocupava a décima colocação no ranking nacional de municípios com mais empresas no setor de panificação, a capital possuía 1.656 empresas (mei) e 2.490 no total.

Da produção artesanal à diversidade: a trajetória da Padaria Pão da Terra

João Lemes Alves, proprietário da Padaria Pão da Terra, começou o seu negócio há 20 anos, a padaria foi aberta em uma esquina pequena do Setor Recanto das Minas Gerais. “Quando abrimos as portas pela primeira vez, em 2003, éramos uma pequena padaria com um balcão simples e alguns pães frescos saindo do forno. Naquela época, minha esposa e eu fazíamos praticamente tudo sozinhos, desde a produção dos pães até o atendimento ao cliente”, explicou.

O Empresário explicou que os primeiros anos foram desafiadores, e que no início ele e a família tiveram que enfrentar questões como longas horas de trabalho, falta de experiência e limitações financeiras. “Mas, com dedicação e amor pelo que fazíamos, começamos a conquistar a confiança da comunidade local.”

À medida que as pessoas iam à padaria de manhã para tomar café e comprar pão, um vínculo começou a ser criado com os moradores do bairro.  Com isso, os anos foram passando e a demanda aumentou, resultando na contratação dos primeiros funcionários e investimento em novos equipamentos. O crescimento da padaria não foi apenas no tamanho, a variedade nas ofertas de produtos também surgiu.

A padaria que oferecia pães passou a disponibilizar bolos, doces, salgados e até mesmo refeições rápidas. Fator esse que atraiu um público maior e mais diversificado. Hoje, a Padaria Pão da Terra é um ponto de referência na região. A padaria possui 20 funcionários e se tornou um local de encontro para a comunidade.

“A história de nossa padaria também reflete a importância do empreendedorismo. Empreender é acreditar em um sonho e trabalhar incansavelmente para torná-lo realidade”. – Pontuou João

O dono da padaria ainda ressaltou que enfrentar os desafios e não desistir nos momentos difíceis é primordial para alcançar os objetivos. Outro fato que ele apontou é que esse aumento é um sinal claro de que muitas pessoas estão abraçando o empreendedorismo e percebendo o valor de oferecer produtos locais e frescos para suas comunidades.

João explicitou que o mercado de padarias em Goiânia se tornou bastante competitivo, mas também mais rico e diversificado. “Cada padaria traz sua própria identidade e especialidade, o que beneficia todos nós. Essa diversidade fortalece a economia local e oferece mais opções para os consumidores”.Ele também afirmou estar orgulhoso de sua jornada e grato pela comunidade que o apoiou ao longo dos anos.

Michele é proprietária da padaria Pane Minas, localizada no Setor Leste Vila Nova, e abriu o comércio há dois meses, ela explicou que no momento o maior desafio é a mão de obra “Creio que o maior problema que enfrentamos é a mão de obra. Nosso dia a dia tem sido ainda de desafios ,mas é uma experiência muito boa,  um bairro muito acolhedor”.

A Pane Minas tem foco na produção de produtos, Michele dona do local explicou que tudo que é vendido é produzido lá. Michele, explicou que não teve problemas  para a abertura da Pane Minas, e que apenas esbarrou em algumas burocracias que a Lei exige.

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