[OPINIÃO] Não tenha medo da Inteligência Artificial: dois anos do ChatGPT

À medida que nos familiarizamos, esse receio se dissipa e dá lugar à curiosidade e ao aprendizado. Foi assim com o e-mail, as redes sociais e os apps de mensagem. / Imagem: Montagem sobre foto FreePik


[02.12.2024]

Por Alexandre Gonçalves, jornalista, fundador da agenteINFORMA – conteúdo e produtos digitais e editor da newsletter agenteGPT

De onde vem o medo da Inteligência Artificial? Talvez do desconhecido, daquilo que ainda não compreendemos totalmente ou não dominamos. Mas, como em tantas outras revoluções tecnológicas, à medida que nos familiarizamos, esse receio se dissipa e dá lugar à curiosidade e ao aprendizado. Foi assim com o e-mail, com os blogs, com as redes sociais, com os aplicativos de mensagem, e está sendo assim com o ChatGPT.

A IA generativa da OpenAI, que desembarcou em nossas rotinas em 30 de novembro de 2022, não é apenas uma ferramenta – é uma ponte entre o potencial humano e a eficiência da IA. Com uma interface intuitiva, o ChatGPT convida usuários de todos os níveis de conhecimento a explorar um novo território, onde comando ou prompts bem formulados valem mais do que respostas óbvias. O formato de chat, tão familiar e simples quanto conversar com um colega (ou quanto alcança nossa memória dos primórdios da internet), esconde a sofisticação de um modelo treinado para gerar ideias, resolver problemas e otimizar tarefas.

Mas, ao completar dois anos desde o seu lançamento, o impacto dessa tecnologia vai além da funcionalidade. Está moldando a forma como encaramos o trabalho. Tarefas antes demoradas e repetitivas agora são delegadas à IA, liberando tempo para a criatividade e o pensamento estratégico. Redações mais precisas, análise de dados mais ágil, planejamento otimizado – tudo isso está ao nosso alcance, desde que saibamos como interagir com a ferramenta, resguardando sempre nosso olhar crítico e nosso bom senso ético e resposnsável.

E aqui está o segredo: a interação. Não basta perguntar, é preciso ensinar. O ChatGPT não “estuda sozinho”, ele responde ao que compartilhamos e aprende com nossos prompts, correções e elogios. É uma troca constante que transforma a IA em um assistente poderoso e personalizado. Isso exige do usuário não apenas um uso técnico, mas também estratégico. Quais são as tarefas que consomem seu tempo? Onde sua criatividade encontra barreiras? Essas e otutras perguntas são fundamentais para integrar a IA ao fluxo de trabalho de maneira eficiente.

Portanto, antes de mergulhar de cabeça no uso do ChatGPT ou de qualquer outra IA, vale a pena fazer uma pausa para refletir sobre os resultados que espera alcançar. Isso define não apenas com será o uso da ferramenta, mas também sua relevância no longo prazo. Por isso, nunca é demais lembrar: uma IA generativa, como o ChatGPT, é uma parceira, não uma substituta. E o primeiro passo para desbloquear todo o seu potencial está em entender o que realmente precisamos transformar na nossa rotina. 

O que você vai mudar primeiro?

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