Zambelli pede que TRE-SP reveja decisão de cassação “com carinho”

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) solicitou, na noite desta segunda-feira (16/12), que os ministros do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) reconsiderem “com carinho” a decisão de cassar o seu mandato. A declaração foi feita à imprensa na Câmara dos Deputados. A parlamentar anunciou que apresentará embargos de declaração contra o julgamento.

Cassação de Zambelli

“Eu peço aos ministros do TRE com todo respeito, com todo carinho, para que eles revejam os votos deles e se atenham aos dados e fatos que contenham já nas contestações em que eu tive direito a ampla defesa. Esses sim podem ser julgados”, afirmou Zambelli.

Na última sexta-feira (13/12), o TRE-SP formou maioria para cassar o mandato da deputada e torná-la inelegível por oito anos. O placar parcial foi de 4 a 0 a favor da condenação. A decisão veio em resposta à Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) apresentada pela deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), que acusa Zambelli de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.

O julgamento foi suspenso após pedido de vistas da juíza Maria Cláudia Bedotti. A Corte é composta por sete membros.

Declarações de Zambelli

Zambelli defendeu sua posição em relação ao sistema eleitoral e rejeitou as acusações de que teria questionado a democracia ou incentivado desconfiança nas urnas.

“Eu nunca questionei o fato da urna violável ou não violável. O que eu sempre questionei foi a transparência nas eleições. Eu nunca questionei a democracia deste país, eu nunca questionei ao que fosse ligado diretamente às eleições. O que eu sempre questionei foi […] ter mais transparência”, explicou a parlamentar.

Sobre a acusação de influenciar seus eleitores em relação a possíveis fraudes, Zambelli destacou o número expressivo de votos que recebeu nas eleições de 2022.

Zambelli
Deputada Zambelli. Foto: Divulgação

“Eu não convenci meus eleitores sobre uma possível fraude no processo eleitoral, até porque quase um milhão de pessoas compareceram às urnas para dar volta em mim. Se eu tivesse de alguma maneira influenciado essas pessoas, elas não teriam comparecido às urnas para fazer esse voto de confiança em mim”, argumentou a deputada.

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