Centrais sindicais criticam mudanças no reajuste do salário mínimo

As principais centrais sindicais do país se opuseram à proposta do governo de mudar as regras para o reajuste do salário mínimo, parte do pacote fiscal em debate no Congresso.

Representantes da CUT, Força Sindical, UGT, CSB, CTB e Intersindical defenderam a manutenção do modelo atual, que considera a inflação e o crescimento do PIB, em reunião com o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, na segunda-feira (16).

João Carlos Gonçalves, o Juruna, secretário-geral da Força Sindical, alertou que a política atual é um diferencial do governo Lula, crucial para sua vitória em 2022. “Não pode perder essa marca”, afirmou, reforçando a resistência das centrais às alterações, que também foram rejeitadas por movimentos sociais presentes no encontro.

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A proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, é atrelar o reajuste à regra do arcabouço fiscal, limitando aumentos a uma banda de 0,6% a 2,5% acima da inflação. A diferença entre as regras, para 2025, seria de aproximadamente R$ 10, com o salário mínimo atual fixado em R$ 1.412,00.

Apesar do embate, as centrais apoiaram a proposta de isenção do Imposto de Renda para rendimentos até R$ 5 mil, promessa de campanha de Lula. Caso o Congresso aprove a mudança no salário mínimo, uma nova rodada de discussões será convocada pelas entidades para definir como reagir à medida.

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